Câmara Municipal está de luto pela morte de ex-presidente do Legislativo

Sessões de terça-feira e quarta-feira (19 e 20) foram canceladas pelo falecimento de Eduardo Chuquia, de 99 anos de idade

A Câmara Municipal de Marabá amanheceu de luto nesta terça-feira, dia 19 de abril, pelo falecimento de Eduardo Chuquia, ex-vereador e ex-presidente, que atuou nesta casa durante três décadas (1960-1980). Ele tinha 99 anos de idade e faleceu em casa, sereno e ao lado da filha de criação, Francivalda Rodrigues, que morava com ele há mais de 30 anos.

O falecimento, segundo Francivalda, aconteceu por volta de 23h30 desta segunda-feira, 18. Seu corpo será velado em dois locais distintos. Primeiro será levado no início da tarde desta terça-feira, 19, para a igreja de Nossa Senhora da Conceição, na Praça do Novo Horizonte, onde permanecerá até o final do dia. Em seguida, será trazido para o Plenário da Câmara Municipal, onde ficará até as 10 horas da manhã desta quarta-feira, 20. Por conta disso, a sessão desta quarta-feira, dia 20, também foi cancelada.

Após homenagens póstumas, o corpo será levado para o Cemitério São Miguel, na Marabá Pioneira, onde será enterrado no jazigo de sua família.

Eduardo Chuquia nasceu em Marabá no dia 25 de julho de 1916. Era filho de Miguel e Salma Chuquia, com quem morou até a década de 1970, na Marabá Pioneira. Estreou como vereador em 1963, atuando por seis mandatos, sendo presidente do Legislativo em dois períodos distintos: entre 1973 e 1976 e depois entre 1979 e 1982. Chegou a ser prefeito interino por oito dias, em 1982. Paralelamente, ele atuava como gerente das Lojas Pernambucanas, uma das mais influentes lojas da cidade.

No final da década de 1970, Eduardo Chuquia adquiriu um lote na Avenida Tocantins, 634, onde construiu uma casa e passou a residir ali com a filha de criação até seu falecimento, ontem.

Segundo Francivalda, Eduardo gostava de passear e nos últimos anos de vida pedia sempre para o levarem de carro pelos bairros da cidade e até em viagens para outros municípios. Ele era muito religioso e, antes de sofrer problemas que o impossibilitaram de andar com segurança, frequentava a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, onde atuou por vários anos como ministro da eucaristia e colaborava voluntariamente na organização das finanças da paróquia.

Iaciara Chuquia, sobrinha, está vindo de Anápolis para acompanhar o velório e enterro do tio. Eduardo não tinha esposa nem filhos.