Luta por Carajás é lembrada em audiência na Câmara

por claudio — publicado 11/12/2012 16h02, última modificação 14/04/2016 09h07
Um ano após a realização do plebiscito que definiu a não divisão do Estado do Pará, a luta pela emancipação da área correspondente ao que seria o Estado do Carajás continua

 

Um ano após a realização do plebiscito que definiu a não divisão do Estado do Pará, a luta pela emancipação da área correspondente ao que seria o Estado do Carajás continua. Hoje (11), a Câmara Municipal de Marabá recebeu a Comissão Brandão, lideranças políticas e representantes da sociedade, para o lançamento do Marco Memorial pela Luta da Criação do Estado do Carajás.

O evento ocorreu no plenário da casa, onde a comissão Brandão protocolou documento solicitando que o dia 11 de Dezembro seja lembrado como o dia da luta por Carajás.

Vários líderes do processo que culminou com o plebiscito, lembraram do árduo caminho percorrido nesses mais de trinta anos de luta.

Miguel Gomes Filho, o Miguelito, Presidente da Câmara Municipal no período de 1989, data da escolha do nome Carajás, rememorou alguns momentos marcantes. Como o grande congresso que reuniu grande parte do colegiado de vereadores do sul e sudeste do Pará.  “Tínhamos 3 nomes em discussão; Itacaiúnas, Araguaia e Carajás, por deliberação da maioria dos presentes, venceu Carajás”, disse Miguelito.

Outra signatária do processo, vereadora Júlia Rosa, disse que a esperança de ver essa área emancipada não morreu. “Essa sessão hoje é uma forma de mostrarmos que o sonho está vivo, e que vamos buscar a realização”, concluiu Júlia.

Vanda Américo também lembrou do grande evento que reuniu mais de 300 vereadores em 1989. “Esse momento é um marco, durou 1 semana e terminou com uma grande carreata, temos que nos mobilizar e ir a luta”, conclamou Vanda.

José Soares, Presidente da Comissão Brandão, disse que a partir do dia 12 de Dezembro do ano passado, a caminhada, na luta por Carajás, recomeçou.

A Advogada, Cláudio Shin, membro da Comissão Brandão, disse está em curso um Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) para modificar o entendimento sobre a área interessada na separação. “Discordamos do modo como foi feito o plebiscito. Temos o entendimento de que, a área interessada é a que propõe o desmembramento, que é justamente a que sofre com o descaso do governo”, lembrando ainda que a PLIP, necessita de pelo menos, 1 milhão e 400 mil assinaturas para sua viabilidade, e até agora, foram colhidas pouco mais de 300 mil”.

(O Projeto de Lei de Iniciativa Popular, segundo a constituição, exige como procedimento a adesão mínima de 1% da população eleitoral nacional, mediante assinaturas, distribuídos por pelo menos 5 unidades federativas e no mínimo 0,3% dos eleitores em cada uma dessas unidades).