Vereadora Priscila apresenta anteprojeto para criar Dia Municipal da Fibromialgia

por André da Silva Figueiredo publicado 30/05/2019 08h25, última modificação 30/05/2019 08h34
Portadora da síndrome faz depoimento na sessão e clama para alcançar atendimento diferenciado na rede de saúde

Durante a sessão desta quarta-feira, dia 29 de maio, a vereadora Priscila Veloso apresentou o anteprojeto de lei número 12/2019, para criação do Dia Municipal de Conscientização e Enfrentamento à Fibromialgia.

A proposta sugere que seja celebrada, anualmente, no dia 12 de maio, na mesma data comemorativa ao Dia Mundial da Fibromialgia. Nessa ocasião, observa ela, é preciso ampliar a discussão sobre o tema, para que a conscientização resulte em mais empatia com os pacientes que sofrem com essa doença.

Priscila Veloso diz que ficou sensibilizada com a causa e colocou-se à disposição do grupo em Marabá que tenta fortalecer essa luta. Ela disse ter certeza que terá apoio dos colegas parlamentares para criação de um projeto de lei que institua o Dia Municipal da Fibromialgia, inclusive garantindo vagas de estacionamento para esse grupo.

A vereadora Cristina Mutran, que é médica, observou que leva tempo, mesmo, para chegar ao diagnóstico definitivo de fibromialgia. Ela elogiou a proposta da colega Priscila Veloso para garantir espaço para essas pessoas estacionarem seus veículos em locais públicos.

Cláudia Caroline da Silva Lima, empresária e acadêmica de direito, deu seu testemunho sobre o a fibromialgia, que acomete muitas pessoas, inclusive ela. Disse que sofre com as dores desde a infância e que o tratamento é feito com antidepressivos, analgésicos, e que precisa fazer muitas atividades para suportar as dores, entre elas fisioterapia. “O meu corpo vive inflamado. Tenho limitação para realizar muitas tarefas e, por causa disso, sofremos preconceito por parte de algumas pessoas”.

Ela pediu que seja aprovado o anteprojeto de lei apresentado nesta terça-feira, dia 28, pela vereadora Priscila Veloso, criando o da Fibromialgia no calendário municipal, para alertar muitas pessoas sobre a doença e evitar a discriminação. “Muitas pessoas nos taxam de preguiçosos. Pedimos que no âmbito municipal tenha espaço para os portadores dessa síndrome, além de atendimento prioritário nas unidades de saúde”.

Atualmente, mais de 200 cidades do Brasil já aprovaram lei que garante atendimento preferencial a pessoas com fibromialgia.

Raquel Bezerra, terapeuta ocupacional do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), reconheceu que a doença é crônica, mas acrescentou que um dos sintomas é a sensação de que a pessoa estivesse gripada durante todo o dia, com dor no corpo todo. “Pedimos a ajuda de vocês, vereadores, para ajudar na convivência das pessoas que sofrem com a fibromialgia”, pediu Raquel.