Vereadores criticam condições das escolas do ensino médio em Marabá

por André da Silva Figueiredo publicado 19/04/2018 10h15, última modificação 19/04/2018 10h35
O governo veio querer transferir a responsabilidade para o prefeito, mas a gestão do ensino médio é do Estado

Usando como pano de fundo a visita do governador do Estado, Simão Jatene, que veio a Marabá para participar de alguns eventos sobre ações do seu governo na sexta-feira da última semana, vários vereadores usaram a tribuna nesta terça-feira, 10, para criticar e pontuar os motivos de não terem prestigiado os eventos.

Irismar Melo foi a primeira a citar o assunto. Ela destacou a situação precária e deteriorada em que se encontram algumas escolas do ensino médio de Marabá, que são de responsabilidade do Governo do Estado. Irismar citou o exemplo da Escola Geraldo Veloso, inaugurada há pouco mais de 15 anos e que está necessitando, urgentemente, de uma reforma. “O governo veio querer transferir a responsabilidade para o prefeito, mas a gestão do ensino médio é do Estado. Temos de procurar garantir a reforma e concluir as escolas, para atender a população”.
A vereadora ainda disse que a Escola Cristo Rei foi entregue pela atual gestão da Prefeitura, depois de 10 anos de construção, e de duas gestões de prefeitos, dando como exemplo a ser seguido pelo governador. “Esses eventos nos deixam muito felizes, de inauguração ou reforma de escolas”.
Por fim, Irismar solicitou que a Câmara se una para trazer a secretária estadual de Educação, Ana Cláudia Hage, a Marabá. “Temos de nos movimentar e trazer essa secretária para ver a realidade e trazer no mínimo um paliativo para as nossas escolas. Esse abandono que traz esse sentimento emancipacionista que temos”.
Alecio Stringari falou que é uma vergonha e lamentável a forma que o Governo do Estado está tratando os jovens da região, por conta da situação das escolas. “A evasão é grande e a cobrança é constante”, lamentou o vereador, corroborando com Irismar.
Tiago Koch falou que todas as pautas encaminhadas em relação ao ensino médio não são respondidas. “Geramos mais de 25% do das riquezas do Estado e voltam apenas 8% para cá. É um governador ausente. Segurança um fracasso, educação não avança. Temos de descentralizar para tomar decisões que resolvam nossos problemas”.
Pastor Ronisteu disse que em ano de eleição sempre vem alguém da capital. “Mas vemos o abandono do Governo do Estado em relação a nossa cidade e região. Nesse momento de eleição é hora de cobrar. Temos obras do Estado que nunca terminam ou demoram muito”.
Ilker falou que vem analisando os últimos 40 dias na cidade e lembrou de uma recente discussão sobre a criação dos novos municípios, que só acontece no período eleitoral. Disse que a regularização da Invasão da Infraero conta com apoio de um deputado federal que quase nunca vem a Marabá, propondo debater agora, nesse período eleitoral, essa situação.
Priscila Veloso sustentou que é uma vergonha a situação da Escola Plínio Pinheiro. “O Estado não consegue reformar as escolas que tem aqui, mas o município tem conseguido avançar nesse sentido”.