Vereadores temem pelo futuro da Unifesspa

por André da Silva Figueiredo publicado 04/09/2019 20h43, última modificação 04/09/2019 20h43

Parte dos vereadores se posicionou essa semana, na tribuna da Câmara, sobre a situação da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e os cortes de recursos do Governo Federal que, de acordo com o reitor Maurilio Monteiro, inviabilizam o funcionamento da universidade, com a interrupção de serviços básicos como limpeza, vigilância e energia, entre outros, a partir do dia 1º de outubro. 

O vereador Miguel Gomes Filho foi o primeiro a tocar no tema. Miguelito, como é conhecido o vereador, lamentou que estejam fechando a Unifesspa e considerou que ela é um patrimônio do povo da região. “Estão fechando a universidade em que os filhos de pobres estudam. Iremos chamar senadores e deputados para lutar por essa causa: temos campi nas cidades de Marabá, Rondon do Pará, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu e Xinguara. São 45 cursos de formação, mais de 5 mil alunos matriculados e mais de 2 mil alunos formados. Não podemos deixar essa instituição morrer”, vociferou o vereador.
Ilker Moraes, vice-presidente da Câmara, expressou estar muito preocupado com o possível fechamento da universidade, que considera importante para a formação econômica e social da região. Ilker disse que chegou a procurar a direção da universidade para a convocação de uma audiência pública, para levar o problema ao conhecimento da população. “Temos de articular recursos para isso não acontecer. Não podemos aceitar que a nossa universidade seja fechada depois de tanta luta para que ela fosse instalada aqui. Não podemos aceitar que o Governo Federal venha dizer que a Unifesspa não é prioridade”.
O vereador Gilson Dias reconheceu que situação da Unifesspa é grave. “Temos que unir forças para que isso não aconteça. Se for possível, vamos até o Ministério de Educação para ver como fica a situação das universidades. Está havendo cortes de bolsas de estudos, o que é preocupante”.
Na visão do vereador Marcelo Alves, não dá para entender o debate e a atitude do Governo Federal. “Essa obrigação é da União. É a mesma coisa que a Prefeitura abandonar as escolas municipais. Eu acho que a Câmara deveria provocar o governo de qualquer jeito, até com uma ação na justiça. Alguma coisa tem que ser feita porque os representantes do Pará, que deveriam tomar alguma iniciativa em levar o reitor e os vereadores de Marabá para conversar com o ministro de Educação, para tentar liberar algum recurso para Unifesspa, não tomam posição”.