Associação dos taxistas de Marabá solicita extensa pauta de reivindicações

por André da Silva Figueiredo publicado 07/06/2018 08h35, última modificação 07/06/2018 08h35
A vereadora Priscila Veloso iniciou a reunião falando que o intuito é buscar soluções às demandas encaminhadas pela classe

Durante reunião ocorrida na Sala das Comissões da Câmara Municipal de Marabá nesta terça-feira, 5 de junho, a Associação de Taxistas de Marabá fez várias reivindicações ao Poder Executivo Municipal, mais especificamente ao Departamento Municipal de Trânsito (DMTU).

A vereadora Priscila Veloso iniciou a reunião falando que o intuito é buscar soluções às demandas encaminhadas pela classe, observando o que dispõe a legislação. 
A vereadora informou aos presentes que uma primeira reunião já havia ocorrido, e que uma pauta foi entregue, mas de acordo com os taxistas ainda não havia uma resposta para os pedidos. Entre as solicitações dos taxistas estão, principalmente, a fiscalização em torno dos clandestinos, e dos táxis lotação na Praça São Francisco e Nagib Mutran. 
Também pedem a oficialização de um ponto na feira coberta da Laranjeiras, fiscalização mais séria sobre os veículos que fazem transporte de passageiros e que têm idade acima de 6 anos, fazendo corrida pelo UBER, reforma da praça São Francisco sem que tirem os taxistas do ponto; e ainda que os táxis lotação voltem a rodar apenas até sábado ao meio dia.
Leonardo Santos, representante da Associação dos Taxistas, falou que estão reivindicando o que é justo para a classe e criticou os que atuam como lotação e fazem, por toda a cidade, muitas vezes o trabalho dos táxis, mesmo sendo proibido. “O DMTU passa, conversa com eles e não autua, pois eles param em qualquer lugar e buscam passageiros”, critica.
Leonardo também expressou a necessidade de que as carteiras de taxista voltassem a ter validade de um ano, e não apenas de 6 meses, como ocorre atualmente. O representante da associação ainda denunciou que existem carros atuando como UBER com mais de 10 anos de uso, o que está, de acordo com ele, fora dos padrões. 
Por fim, ele disse que o ponto de táxi na Avenida Tocantins, no bairro Novo Horizonte, em frente ao Hospital São Lucas, foi retirado, mas poderia ter colocado em frente à Lotérica ou à Cosanpa, no mesmo perímetro. Por fim, pediu um ponto de táxi na orla do Rio Tocantins, na Marabá Pioneira.
Luiz Carlos Borges, coordenador de Transportes do DMTU, explicou que o táxi lotação é algo novo no país, e que não vê o lotação como transporte coletivo, pois não pode oferecer uma rampa de acessibilidade ou gratuidade. Disse que no Decreto Municipal pode ter lotação todos os dias até as 22 horas. Sustentou que a legislação de táxi é federal e existe em todo mundo. Ressaltou que o ponto de táxi lotação na Praça São Francisco é difícil retirar, porque já estão instituídos no local, assim como a denominação de táxi lotação.
Jocenílson Silva, diretor do DMTU, lembrou a todos que quando o UBER chegou a Marabá ele mesmo foi contra e determinou que fossem aprendidos veículos que exploravam o serviço e três deles chegaram a ser retidos, mas uma juíza determinou, por liminar, que liberasse os mesmos e ameaçou penalizar o município com pagamento de R$ 1 mil para cada apreensão nova. Diante disso, enviou a situação para análise da Progem. “O DMTU, nesse momento, não pode realizar apreensão e agora os taxistas devem se mobilizar para derrubar a liminar da justiça”, sugeriu. 
Em sua avaliação, para a revitalização da Praça São Francisco deve está sendo planejada uma solução para que os taxistas não sejam prejudicados durante a reforma. Jocenilson antecipou que será realizada uma licitação para a sinalização da cidade. No caso de lombadas, explicou que esta é solicitada pelo DMTU, mas quem executa é a Secretaria de Obras, devendo ter 10 centímetros de altura.
O diretor do DMTU acha difícil contornar o funcionamento do táxi lotação até meio dia de sábado, mas ponderou que o tema pode ser rediscutido entre todos: vereadores, lotação, táxi e DMTU. Sobre a retirada dos táxis e mototáxis clandestinos, garantiu que os agentes estão atuando de forma firme, aprendendo e retirando de circulação os irregulares. Para oficializar o ponto da feira coberta da Laranjeiras, informou que foi solicitada uma adequação à Sevop, e que a oficialização já existe, e será sinalizada após o término da obra pela Secretaria de Obras. 
A vereadora Priscila Veloso disse que ficou definido que a fiscalização das paradas e a atuação dos clandestinos serão verificadas pelo DMTU, e espera que as outras pautas apresentadas sejam debatidas entre todos os envolvidos. A vereadora ainda informou que o papel dos vereadores é ouvir as demandas da sociedade e que a Câmara não tem se furtado em dar voz à população e aos segmentos.