Ato público regional muda para o dia 11 de novembro

por claudio — publicado 08/10/2013 09h31, última modificação 14/04/2016 09h05
Mudança busca promover maior mobilização dos municípios do sul e sudeste do Pará

Ao invés do dia 21 deste mês de outubro, o ato público de alcance regional com fechamento de várias rodovias que cortam o sul e sudeste do Pará, será realizado agora no dia 11 de novembro. Reunião que deliberou pela mudança ocorreu na noite de ontem, segunda-feira, 7, na Câmara Municipal de Marabá. A mudança objetiva mobilizar o maior número de municípios possível para que o impacto do ato público seja do tamanho dos problemas que afligem a região.

Durante a referida reunião, o deputado federal Wandenkolk Gonçalves (PSDB) disse que a Amat (Associação dos Municípios do Araguaia Tocantins) precisa se engajar nesta luta e alfinetou: “Se a Amat não assumir uma bandeira dessa, o que diabo ela vai fazer? É melhor fechar a porta. Quem ganha com esse movimento é a população. A Amat dever chamar os 39 prefeitos e apoiar”.

Além de fechar as rodovias, o deputado Wandenkolk sinalizou que o foco precisa ser também o bloqueio dos trilhos da Estrada de Ferro Carajás. “Não podemos perder a adesão e a revolta da sociedade. O foco são os trilhos, é assim que iremos mexer no bolso deles”, advertiu.

O deputado federal reconhece que esta é uma questão estratégica e vê na mobilização popular um fator determinante para se alcançar os objetivos coletivos. “A cada dia sai um trem lotado cheio de minério e volta cheio de miséria. Vamos rever a data, que está muito em cima, quanto mais movimentos sociais, mais legitimo fica o processo. Prometeram ALPA e nada. Fizeram foi fechar as guseiras”, alfinetou.

A vereadora Vanda Américo reconheceu que a data de 21 de outubro estava muito em cima e que todo movimento precisa de logística e recurso e as prefeituras precisam para ajudar. “Já fizemos visita ao povo de Curionópolis e fomos bem recebidos. Agora precisamos formar um corredor entre Eldorado, Curionópolis, Canaã dos Carajás e Parauapebas para que tenhamos uma grande adesão política e popular”, opinou Vanda.

Ítalo Ipojucan Costa, presidente da Acim, ressaltou que é preciso sair do campo teórico para a prática. “Tenho notado o esvaziamento das reuniões, mas acho que a importância é tão grande, que deve haver um engajamento muito forte nesse projeto coletivo. O Maranhão reunião 21 municípios em consórcio, formado pelo ressentimento, e já conseguiu melhorias sobre a estrada de ferro, e já melhoraram as condições das estradas”, revelou.

Ipojucan sugeriu que a mobilização ocorra em cada município para que haja força no ato. “É importante que cada cidade entenda a legitimidade da paralisação”, disse o presidente da Acim.

A presidente da Câmara de Marabá, Júlia Rosa disse que é preciso mexer com a emoção do povo, expondo a necessidade de se desenvolver essa região. “Temos que começar a tomar a frente do movimento porque estamos discutindo um projeto de desenvolvimento regional”.

Júlia convidou os presentes para montar as comissões que estarão à frente da mobilização da manifestação. Ficou definido que a Comissão de Infraestrutura será composta pelos prefeitos, deputados federais e estaduais, Amat e Acim (Associação Comercial e Industrial de Marabá).

A Comissão de Mobilização terá a participação dos prefeitos, vereadores, associações, movimentos sociais, clubes de serviços, comunidades indígenas, profissionais liberais, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), sindicatos, entre outros. A comunicação será desenvolvida pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Marabá, Acim, Câmara Municipal de Marabá e Amat.