Audiência pública com a Vivo será na próxima quarta-feira, dia 12
Está agendada para a próxima quarta-feira, dia 12, a audiência pública com a empresa de telefonia móvel Vivo. A audiência tinha sido marcada inicialmente para o dia 26, mas por solicitação da diretoria da própria Vivo na região ela foi adiada. A audiência foi solicitada à Casa de Leis pela vereadora Antônia Carvalho Araújo, a Toinha do PT, que lamentou o pedido de adiamento da empresa.
A vereadora Toinha revelou que recebeu inúmeras denúncias no período de recesso do Legislativo em relação aos maus serviços prestados pela empresa de telefonia Vivo em Marabá. Segundo ela, muitas pessoas a procuraram se queixando dos problemas de sinal. “As reclamações chegam todos os dias em meu gabinete. Às vezes, as pessoas me abordam em local público para se queixar”.
Toinha ingressou com Requerimento solicitando à Mesa Diretora da Câmara uma audiência pública para que a comunidade e a direção da empresa de telefonia discutam os problemas existentes e apontem a solução para a melhoria do serviço público. Na ocasião, de acordo com a parlamentar, serão debatidos temas como o mau atendimento prestado pela telefônica e os preços exorbitantes praticados por ela, além de outras demandas da sociedade.
Toinha pediu ainda que para o evento sejam convidados o Ministério Público Estadual, representantes da empresa, Prefeitura, associações de bairros, sindicatos e a sociedade civil organizada. “Temos de ter uma saída para essa situação e dar uma resposta à comunidade”, destacou a petista.
A vereadora lembrou que em alguns municípios do país, a Vivo chegou a ser proibida de vender novos chips até que melhorasse a qualidade do sinal. “Deveríamos adotar o mesmo procedimento em Marabá para que a direção dessa empresa entenda que os usuários deste município merecem um tratamento digno porque pagam pelo serviço”, avaliou.
O vereador Leodato da Conceição Marques fez manifestação sobre a necessidade de ampliar as discussões e dar uma resposta para as comunidades que vivem na zona rural, que vivem sem sinal de telefone. “Para manter o homem no campo não se pode dar apenas terra. Tem que ter outros investimentos, inclusive na comunicação”, disse Leodato.
CPI da Telefonia
No dia 26 deste mês, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia, instalada pela Assembleia Legislativa (Alepa), realizará uma audiência pública em Marabá. Ela investiga a qualidade do serviço prestado pelas operadoras, sobretudo da modalidade móvel. Os deputados trarão para Marabá representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Em abril, será a vez das operadoras serem chamadas para prestar esclarecimentos: a Oi (16/04), Vivo (23/04) e Tim (30/04), além da Claro (07/05).
Outras duas audiências no interior, além de Marabá, já estão agendadas: Santarém e Bragança também participam das discussões. Em todos esses locais haverá a CPI Móvel, um veículo em que usuários do sistema de telefonia poderão fazer reclamações e denúncias que viram processos e podem gerar multas às operadoras que estejam oferecendo um serviço ruim.
“Queremos contribuir para ser feito o novo Marco Regulatório da telefonia no País, proporcionando maior satisfação aos consumidores”, disse o presidente da CPI, deputado Eduardo Costa.