Audiência pública vai discutir mau cheiro que incomoda a população
Durante reunião realizada na Sala das Comissões nesta terça-feira, 17, os vereadores da Câmara Municipal de Marabá ouviram explicações do secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Brito, sobre a ação que a Semma está desencadeando esta semana em conjunto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Ministério Público Estadual para descobrir as fontes de odores que têm incomodado a população há vários anos.
A reunião contou também com a participação da diretora de Secretaria da Justiça Federal em Marabá, Ana Christina Maranhão, a qual lembrou de uma ação cível pública que tramita na Justiça Federal em função de locais potencialmente poluidores e que atraem urubus na cidade. Segundo ela, o juiz federal que analisa o processo já fez alguns despachos e aguarda a análise de um perito para poder prolatar decisão, mas a questão específica do mau cheiro não está contemplada na ação, apenas citada por alto.
Os vereadores pediram explicações a Brito sobre a origem do mau cheiro e se o local agora apontado pelo Ministério Público Estadual seria, de fato, o único responsável pela fedentina que se espalha pela cidade.
O secretário de Meio Ambiente disse que o Frigorífico J.A., que está desativado, realmente está causando grandes impactos ao meio ambiente, não apenas com mau cheiro, mas com contaminação do lençol freático e de igarapés que deságuam no Rio Tocantins.
Segundo ele, pode ser que haja outros empreendimentos poluidores que contribuem para o forte mau cheiro que tanto incomoda a população, e que por isso equipes técnicas das secretarias de Meio Ambiente do município e estado estão unidas em um arrastão por quatro frigoríficos da cidade e um curtume para avaliar, novamente, a situação de cada um deles e poder tomar medidas radicais para acabar com o mau cheiro.
A vereadora Vanda Américo disse que está cansada de ouvir justificativas de várias gestões da Semma, que não resolvem o problema do mau cheiro. Ela sugeriu que os técnicos façam um diagnóstico sério e sem levar em conta a pressão política que possam vir a sofrer para que as medidas legais sejam aplicadas e cumpridas.
A vereadora Júlia Rosa, presidente da Câmara, disse que reconheceu que a Semma tem dificuldades em diagnosticar se este ou aquele empreendimento é o grande responsável pelo passivo ambiental que está irritando a população porque lhe falta aparelhamento tecnológico e também pessoal qualificado, como engenheiro químico, por exemplo.
Ela sugeriu que Carlos Brito aponte, através de documento, os principais atores que devem estar envolvidos no processo de solução do problema para que a Câmara faça com um convite a eles para participarem de uma audiência pública em breve para discutir a problemática e para que possam, juntos, encontrar uma solução para eliminar o mau cheiro do meio urbano.