Câmara de Marabá exige mais investimentos na agricultura familiar

por Adriano Ferreira Carvalho Moura publicado 04/11/2025 09h42, última modificação 04/11/2025 09h42

 

 

Durante a manhã desta segunda-feira (3), a Sala de Comissões da Câmara Municipal de Marabá recebeu uma reunião entre os vereadores e o secretário municipal de Agricultura, Hiron Pereira Farias. O encontro foi conduzido pelo presidente da Comissão de Administração, Saúde, Serviços, Segurança e Seguridade Social, vereador Ubirajara Sompré (MDB), com o objetivo de apresentar à sociedade um balanço das atividades desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Agricultura (Seagri) ao longo de 2025.

Além do titular da pasta, estiveram presentes os vereadores Ubirajara Sompré (MDB), Márcio do São Félix (PSDB), Marcos Paulo da Agricultura (PDT), Dato do Ônibus (União), Pastor Ronisteu (PL), Aerton Grande (União), Orlando Elias (PSB), Jimmyson Pacheco (PL), Marcos Andrade (PSD) e Vanda Américo (União).

Reconhecida como estratégica para o desenvolvimento rural do município, a Seagri tem apresentado, ao longo dos anos, resultados significativos junto aos agricultores familiares. Durante a reunião, o secretário Hiron Farias destacou, em sua visão, o alcance das ações executadas em diferentes localidades.

“A Secretaria de Agricultura tem realizado diversos serviços em Marabá. Estamos em um primeiro ano de gestão e já atendemos mais de 1.200 famílias até o momento, ofertando assistência técnica especializada e, principalmente, serviços de mecanização em várias regiões do município. Ao longo do tempo, esta Casa de Leis sempre se mostrou parceira da secretaria. Esperamos que isso continue por meio da destinação de recursos, para que o serviço chegue a quem mais precisa: nossos produtores”, destacou.

Em sua fala, o vereador Ubirajara Sompré ressaltou a importância da transparência na apresentação dessas ações e alertou para a redução das atividades da Seagri em 2025. “Nossa comissão solicitou ao secretário municipal de Agricultura que viesse a esta Casa de Leis esclarecer à sociedade como está o andamento das políticas de apoio ao setor, que é vital para o município. Percebemos, pelo que foi exposto, que as ações diminuíram substancialmente, e isso é muito ruim. Esperamos uma mudança nessa realidade o mais rápido possível”, afirmou.

O vereador Márcio do São Félix lembrou o protagonismo da secretaria em gestões anteriores e lamentou a queda no volume de projetos em execução. “Em outrora, tínhamos uma Secretaria de Agricultura pujante, com diversos projetos sendo executados simultaneamente em várias localidades do município. Essa virada de chave ocorreu com a ajuda deste Parlamento, que remanejou recursos, fazendo da pasta uma referência no estado. Isso é política pública em seu estado puro, quando o recurso recolhido é transformado em serviços para a população. Quando vejo que o dinheiro que deveria ser investido no produtor foi devolvido por falta de aplicação, tenho a sensação de que algo não está certo, pois as demandas estão aí e precisam ser atendidas”, clamou.

Com reconhecido trabalho junto aos pequenos produtores, o vereador Marcos Paulo da Agricultura cobrou a criação de programas municipais que fortaleçam a produtividade local, especialmente no fornecimento de alimentos para a rede de ensino. “Existe uma lei federal determinando que 45% dos alimentos servidos na merenda escolar sejam oriundos da agricultura familiar. Isso precisa ser trabalhado com mais responsabilidade junto ao pequeno produtor de Marabá, fomentando a economia local e agregando valor aos produtos de nossa região”, afirmou.

Encerrando as falas, a vereadora Vanda Américo defendeu uma revisão das políticas de assistência desenvolvidas pela Seagri, ressaltando que muitos serviços deixaram de ser oferecidos. “Através do que nos foi apresentado, percebemos que muitos serviços deixaram de ser realizados por parte da Secretaria de Agricultura e isso precisa ser mudado de imediato. Nos últimos anos, a Seagri realizou um trabalho de excelência, o que deixou de acontecer em 2025. Temos produtores famintos por produtividade, necessitando apenas de infraestrutura e assistência técnica. Mesmo com tantos recursos disponíveis, esses serviços não estão mais sendo ofertados. Pedimos que essas políticas sejam revistas, pois tivemos um prejuízo gigantesco: muitos produtos deixaram de chegar à mesa do consumidor e o dinheiro ao bolso do produtor. Essa realidade precisa mudar”, concluiu.