Câmara homenageia Maçonaria em Sessão Solene
Há 19 anos a Câmara Municipal realiza, no mês de agosto, sessão solene em homenagem ao Dia do Maçom. Inserida no calendário oficial do Poder Legislativo pelo vereador Miguel Gomes Filho, o Miguelito, em 1997, o evento tem o intuito de prestar justa homenagem a quem contribuiu para a consolidação da democracia e o desenvolvimento social de Marabá.
Miguel Gomes Filho, presidente da Câmara, disse que o projeto surgiu de uma conversa entre os mestres Wagner Espíndola e Bosco Jadão, que trouxeram a ele a ideia de se realizar anualmente uma sessão alusiva ao Dia do Maçom e, desde então, nunca mais a Câmara deixou de promover o evento. “Os maçons representam muito bem a sociedade marabaense, que fez muito por este município. Muitos dos vereadores desta Casa sobreviveram graças ao apoio dado pela Maçonaria. Antes se fazia sessão na Câmara armado. E quem mudou isso foi a Maçonaria. A democracia imposta em Marabá foi construída por alguns maçons e pela entidade que os representa. Todos os anos, nunca faltei a nenhuma sessão em homenagem a esta grande instituição”, destacou.
Ronaldo Chaves, o Ronaldo Yara, frisou que a Câmara e os vereadores têm e devem ter compromisso com a cidade. “O reconhecimento da sociedade marabaense para com a Maçonaria é inegável. Muitas vezes em silêncio, sem querer aparecer, ela faz um grande trabalho em prol do município”.
O vereador Coronel Antônio Araújo revelou que pretende voltar a frequentar a loja maçônica, e que hoje, é um maçom adormecido. “A maçonaria é uma ordem universal, independente do local ou língua, todos os maçons se identificam, e têm um grande valor na história e na humanidade”.
Vanda Américo disse que muita gente não sabe reconhecer e valorizar. Destacou que é importante prestigiar a Maçonaria em reconhecimento a tantas lutas. “Esta entidade mobilizava os seus membros no exército, desembargo, na capital, e nos garantiam valores e a vida. Nossa cidade tem uma história e deve ser contada. E a participação da maçonaria é de fundamental importância”.
Alecio Stringari disse que sempre participou das sessões, pelo que a Maçonaria representa. “Marabá precisa dos maçons, e não podemos desistir de Marabá. A Maçonaria merece essa homenagem”.
Manoel Veloso, pré-candidato a prefeito de Marabá e maçom, disse ser um privilégio participar de uma sessão solene em homenagem à Maçonaria. Revelou que é maçom há três anos e que as ações da Maçonaria visam tornar o mundo mais feliz, pelo amor e respeito às tradições. Colocou ainda que a instituição trabalha pela melhoria pessoal do caráter do homem. “A Maçonaria é preocupada com o destino do país, e vem crescendo o sentimento em que o maçom precisa sair de dentro da loja. Parabéns à iniciativa da Câmara, porque a Maçonaria representa um pilar forte da sociedade. Me sinto muito bem por representar esta entidade”.
José de Anchieta Brito Chaves, venerável mestre da Loja Maçônica Firmeza e Humanidade, disse que tem a certeza de que em outra oportunidade a sessão estará com mais representatividade de ambas as partes. “Os maçons são matadores da miséria, da injúria e da pobreza”.
Odilon José Galdino Soares, representando a Loja Maçônica Pioneira da Transamazônica, enfatizou que a loja sente-se honrada pela sessão, em especial ao vereador Miguelito, idealizador do projeto. “A condição do verdadeiro maçom nos dá a capacidade ética e moral de um cidadão comprometido com a sociedade, com os direitos individuais e coletivos e pela construção de um futuro digno”.
Darcídio Pereira Leal, venerável Mestre da Loja Maçônica Trabalho e Silêncio, colocou que a ordem maçônica é universal e tem o dever de promover a liberdade, fraternidade e igualdade. E ainda combater a ignorância, superstição e o fanatismo. “Maçons são homens livres e de bons costumes. Somos artífices da arte do bem, e acreditamos em dias melhores”.