Câmara põe em pauta decreto de insalubridade de servidores

por André da Silva Figueiredo publicado 23/05/2019 11h08, última modificação 23/05/2019 11h08
Vereadores vão discutir se derrubam ou não decreto do prefeito Tião Miranda na sessão do dia 28 de maio

Na sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira, dia 21, um dos assuntos em pauta foi o “sumiço” de valores nos contracheques referentes à insalubridade a que centenas de trabalhadores do município de Marabá têm direito, o que vem reduzindo a renda familiar e causando transtornos a esses funcionários. O decreto foi aprovado pelo prefeito Sebastião Miranda em 2017 e, desde então, causa polêmica.

De acordo com o vereador Ilker Moraes (PHS), há mais de dois anos essa determinação vem sendo discutida e, depois de muitos debates, na próxima terça-feira (28), o decreto será pautado na Câmara com o objetivo de avaliar a possibilidade de sustação da decisão do Executivo.

“Entendemos que a Câmara Municipal precisa se posicionar e dar uma resposta à sociedade, principalmente aos servidores do município, que perderam um significativo percentual de seus salários”, explica.

Sobre a quantidade de servidores impactados com o decreto, Ilker afirma que são mais de 500 e, em sua grande maioria, se trata de profissionais da saúde, mas que a decisão também afetou os agentes de conservação da cidade (garis) e outros profissionais.

“A gente espera que a classe trabalhadora do município de Marabá venha para a sessão, principalmente, claro, os servidores que perderam parte de seus salários”, afirmou o parlamentar.

Ilker afirma que essa movimentação na Câmara não se trata de uma “guerra” do Parlamento contra o Executivo, mas sim de uma reunião para o entendimento sobre uma questão que já poderia ter sido resolvida, mas que atrasou muito. “De fato, quem está sendo prejudicado são os servidores”, sustentou.

Moraes reconhece que a Prefeitura de Marabá começou o movimento para realizar licitação para contratação de uma empresa para avaliar o grau de insalubridade dos servidores, mas acredita que o processo será longo e até que seja resolvido, os trabalhadores já terão perdido muito dinheiro.