Câmara sedia Conferência Municipal de Meio Ambiente

por claudio — publicado 01/08/2013 15h14, última modificação 14/04/2016 09h06
Presidente do Legislativo sugere que meio ambiente vire disciplina no currículo das escolas municipais

Aberta na manhã desta quinta-feira, dia 1º de agosto, a 4ª Conferência Municipal de Meio Ambiente prossegue até amanhã, sexta-feira, 2, no Plenário da Câmara Municipal de Marabá. Cerca de 250 pessoas estão participando do evento, promovido pela Prefeitura de Marabá através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A presidente da Câmara, vereadora Júlia Rosa, e o vereador Ubirajara Sompré, participaram da abertura do evento e contribuíram com algumas sugestões para melhorar a gestão municipal dos resíduos sólidos, que é o tema central da conferência.

Carlos Brito, secretário municipal de Meio Ambiente, observou que a conferência enfoca, principalmente, a questão dos resíduos sólidos e que esta não está atrelada apenas a ações de governo, mas do cotidiano de todas as pessoas. “Isso não é novo. A destinação dos resíduos vem atravessando a história, passa pela coleta seletiva, que dará um ganho excepcional aos resíduos. No momento, a gente procura tecnologias para o tratamento dos resíduos, que definem o tratamento do lixo, findando, na melhor das hipóteses, com melhor aterro sanitário. Temos uma missão árdua com 5 tópicos importantes para serem trabalhados: educação ambiental, financiamento da política nacional dos resíduos sólidos, redução dos impactos ambientais, geração do emprego e renda através dos resíduos”, detalhou o secretário.

Na visão de Carlos Brito, cada indivíduo da comunidade precisa aprender a reaproveitar e reciclar seu lixo ou transformá-lo em fonte de energia, sem descarta-lo totalmente. “A limpeza pública, mal ou bem, os municípios fazem, mas isso não é o fim do problema. Formularemos e elaboraremos propostas nesses dois dias para encaminharmos para a plenária estadual”, explicou.

Jorge Bichara Neto, presidente do COMAM (Conselho Municipal de Meio Ambiente) e da Fundação Zoobotânica de Marabá) advertiu que é preciso encontrar formas de diminuir os impactos da presença do homem e do crescimento populacional no planeta. Ele recorda que a sociedade ajudou a Câmara Municipal a criar, em 2002, uma politica municipal de meio ambiente, passando a existir o Conselho Municipal do Meio Ambiente. “Nossa função é buscar a melhoria da qualidade de vida e preservar o futuro das nossas gerações”, ressaltou.

A vereadora Júlia Rosa enfatizou que essa discussão das questões ambientais, a partir do século XVIII, tem se efetivado de uma forma mais positiva e virou uma discussão global. “A sociedade tem sido chamada para criar uma politica ambiental, como prioridade de governo, e as necessidades de mudança só ocorrerão quando houver a conscientização da sociedade e entendermos que essa construção da sustentabilidade ambiental passa pela educação. A Câmara, inclusive, já votou projeto que torna a educação ambiental matéria curricular das escolas de Marabá”, ressaltou Júlia.

Para a presidente da Câmara, a partir do momento em que se promove no homem a necessidade de respeito ao meio ambiente, se pode aprofundar as questões ligadas ao meio ambiente. “Temos que olhar a poluição dos rios e igarapés, o desmatamento e as queimadas, o lixo urbano, ocupação urbana, a urbanização e o turismo irregular que vêm destruindo os sítios arqueológicos. o uso irracional da terra, tudo isso tem que ser foco e não podemos deixar de atacar esses pontos, para que isso aconteça”.

 

 

O vereador Ubirajara Sompré (PPS) disse que como indígena e preservador nato do meio ambiente, sugere que a comunidade pense e faça um debate maior sobre a questão ambiental. Ele acredita que há vários projetos no País que vêm causando grandes impactos ambientais, principalmente na região amazônica, com a construção de hidroelétricas, duplicação de ferrovias, entre outros. “Em nossas terras (na aldeia), vemos o meio ambiente sempre pensando na sustentabilidade de nosso povo, temos que usufruir do meio ambiente de uma forma racional e não devastadora. O que fazer com os resíduos sólidos é uma questão muito complicada. Temos de debater e encontrarmos uma solução coerente, para juntos levarmos boas ideais para a Conferência Estadual de Meio Ambiente”, sugeriu.