Câmara sedia Fórum da Sociobiodiversidade organizado pelo MPPA
Nesta quinta-feira, dia 31 de agosto, foi realizado na Câmara Municipal de Marabá o 1º Fórum da Sociobiodiversidade das Promotorias de Justiça das 3ª e 5ª Regiões Agrárias do Pará. O presidente da Câmara, Alecio Stringari, participou da programação, assim como o vice-prefeito, Luciano Dias, do Executivo, e outras autoridades.
O evento contou com discussões técnicas, mas também com uma feira da agricultura familiar, com exposição de produtos de vários municípios da região no estacionamento do Poder Legislativo.
O Fórum da Sociobiodiversidade foi uma proposta do Ministério Público do Estado do Pará com apoio da Câmara Municipal e da Prefeitura de Marabá, através da Seagri, Emater e associações de trabalhadores rurais dos projetos de assentamentos.
O presidente da Câmara, Alecio Stringari, parabenizou as promotoras que organizaram o evento e destacou a importância de fortalecer a agricultura familiar de Marabá e região para que a produção agrícola cresça ainda mais. “Sou do campo e sei como os pequenos sofrem, como precisam de apoio e ter o braço de um órgão da Justiça ao seu lado é primordial. Este Poder Legislativo incentiva, apoia e abriu as portas para receber esse evento porque entende como ele contribuiu para o desenvolvimento de nossa cidade”, disse Alecio.
A promotora de Justiça Alexssandra Muniz Mardegan, que assumiu recentemente a 3ª Promotoria Agrária, em Marabá, agradeceu o empenho do Poder Legislativo e do Executivo de Marabá em prover meios para realização do Fórum da Sociobiodiversidade.
Ela afirmou que é preciso valorizar o trabalho dos produtores familiares: "Hoje, os desafios que os produtores da agricultura familiar enfrentam são imensos. Produzir, plantar, colher e escoar tornaram-se tarefas complexas”.
Para ela, o escoamento é um dos principais gargalos existentes nesta região, especialmente durante a época das chuvas, quando grande parte das estradas fica praticamente intransitável. “Reafirmamos o compromisso de reconhecer e valorizar o trabalho dos produtores familiares e se esforça para proporcionar-lhes condições dignas de trabalho e escoamento, além de buscar a legalidade de suas terras de forma oficial”, disse Mardegan.
A promotora Patrícia Pimentel Rabelo, da 5ª Região Agrária de Redenção, observa que é preciso dar visibilidade para os que trabalham com a agricultura familiar na região. “O Ministério Público, na qualidade de agente transformador social, consegue engajar essas pessoas e fomentar a visibilidade delas na sociedade. E, por outro lado, a gente consegue, com a interação de representantes de vários órgãos, conceder a essas pessoas a informação necessária para que elas possam melhorar a produção, conseguir se organizar, para que possam lucrar e garantir uma visibilidade, inclusive para o próprio estado do Pará.
O superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Reginaldo Rocha de Negreiros, usou seu discurso para enfatizar a relevância do homem do campo para a segurança alimentar e a necessidade de reconhecimento e apoio por parte da sociedade e das instituições.
"O homem do campo tem que ser venerado, deve ser tratado com mais respeito, com mais dignidade, e é isso que estamos tentando agora à frente do Incra: colocar a importância disso para toda a sociedade e resgatar as políticas públicas para impulsionar a produção e garantir a estabilidade do homem no campo”, afirma.