Câmara vai entregar documento a diretores do DNIT nesta quinta-feira
Nesta quinta-feira, 20 de dezembro, uma Comissão da Câmara Municipal de Marabá vai manter uma audiência com diretores do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para entregar um documento em que cobram solução urgente para problemas em cruzamentos da Rodovia Transamazônica (BR-230) em alguns trechos urbanos da cidade de Marabá.
O assunto foi debatido nas duas sessões da Câmara Municipal nesta terça e quarta-feira, dias 18 e 19, com discursos contundentes de vários vereadores e até do prefeito João Salame.
Quem evocou o tema na sessão do dia 18 foi o vereador Guido Mutran (PMDB), que argumentou que o DNIT precisa se manifestar sobre várias situações para solucionar problemas de trânsito nas rodovias federais que cruzam a cidade, como na Folha 33, com construção de um anel viário, passarela em frente ao shopping e outro em frente ao Posto do Bolinha. Neste último, técnicos do DNIT deram parecer contrário à colocação de semáforo.
Guido avalia que a Câmara tem de enviar documento para direção do DNIT em Brasília para denunciar que o órgão no Estado está inoperante. Sobre esse assunto, Vanda Américo concordou que é preciso ocupar a sede do DNIT em Marabá para que haja publicidade e que a comunidade entenda que é preciso pressionar o órgão. “A população tem de dizer onde está doendo. O general Jorge Fraxe (diretor-geral do DNIT) já prometeu vir lançar em Marabá o edital do derrocamento do pedral do Lourenção e não veio. Precisamos elaborar uma pauta com todas as demandas que o DNIT precisa resolver em Marabá urgentemente”, disse Vanda.
Na sessão do dia seguinte, a vereadora Antônia Carvalho voltou a alfinetar a omissão do DNIT em Marabá, embora três rodovias federais passem por aqui.
Junto com ela, a vereadora Irismar Araújo (PR) disse que mesmo sendo do partido que coordena o DNIT no País, lamenta o descaso do órgão para com Marabá. Ela revelou que participou recentemente - em companhia do colega vereador Coronel Antônio Araújo (PR) - de uma reunião com a diretoria do DNIT no Pará, mais o representante do departamento em Marabá Edenilson. Os vereadores argumentaram que Edenilson não tem nenhuma autonomia para resolver problemas emergenciais. “Foi criada uma política na gestão do atual diretor-geral do DNIT e precisamos fazer uma articulação para que seja colocado o semáforo em frente ao Posto do Bolinha”, destacou.
Na avaliação de Irismar, uma rodovia cortando uma cidade tão grande como Marabá, cheia de pontos críticos, precisa de uma ação da Prefeitura local, o que o DNIT não está permitindo.
O prefeito João Salame também se pronunciou sobre o caso na tribuna da Câmara Municipal. Segundo ele, apesar do “não” do DNIT, ele pretende mandar colocar o semáforo em frente ao Posto do Bolinha nos próximos dias, nem que a direção do órgão mande retirar depois.
Mais radical, o vereador José Sidney sugeriu a interdição da rodovia BR-230 nos pontos em que DNIT não resolve o problema dentro da área urbana do município.