Campanha “Maio Amarelo” é lançada na Câmara Municipal

por hugokol — publicado 21/05/2014 16h20, última modificação 14/04/2016 09h06
DMTU elege sede do Legislativo para apresentar à sociedade ações educativas para o trânsito

Os nove integrantes da equipe de Educação para o Trânsito do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano de Marabá (DMTU) vieram à Sessão Ordinária desta terça-feira, 21, na Câmara Municipal de Marabá para apresentar e lançar a campanha Maio Amarelo, que será deslanchada em vias públicas, escolas municipais e autoescolas do município.

Antônio Lacerda Veloso, coordenador de Educação para o Trânsito, explicou que o objetivo é incutir na sociedade marabaense um hábito responsável que ajude a que condutores e pedestres tenham mais responsabilidade no trânsito e menos mortes.  “Mais de 70% dos leitos de UTI do Hospital Regional são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito. Precisamos mudar essa realidade e melhorar a consciência no trânsito”, advertiu Lacerda.

Ele explicou que a equipe trabalha para a preservação da vida e para isso desenvolve ações em escolas, empresas, ONG’s e vias de trânsito. Eles aplicam, em alguns casos, multa educativa, com a qual cidadão é autuado e comparece a uma aula no DMTU e tem a infração retirada. “A morte no trânsito é uma epidemia, e temos essa preocupação de amenizarmos dando atenção à vida. O trânsito está mudando o processo natural da vida, hoje, o pai é quem enterra o filho”, lamentou.

A presidente da Câmara, vereadora Júlia Rosa, disse que a equipe tem demonstrado interesse em educar a comunidade sobre o trânsito. “Essa educação é fundamental e recebe do órgão de trânsito a atenção que merece. Nós, vereadores, elogiamos a ação e nos colocamos à disposição para ajudar”, disse Júlia.

O vereador Coronel Araújo falou do competente trabalho da equipe de educação para o trânsito. Segundo ele, é sempre alarmante o índice de acidentes de trânsito em Marabá. Em 2014, comparando com o mesmo período do ano passado, já tivemos um aumento de 77% de acidentes com vitimas fatais, com 13 vidas ceifadas nos primeiros três meses. “Não é apenas pela morte em si, mas todo acidente quase que invariavelmente resulta em sequela, aumentando o custo para a saúde do país”, lamenta.

A vereadora Irismar Araújo reconhece que trabalho de educação do trabalho não é fácil e requer um esforço permanente. Mesmo sendo um tema transversal, porque não faz parte da grade curricular, ela considera que é importante que se faça articulação no município para que trabalhe a temática com as crianças e acha que o que está sendo feito ainda é tímido. “As crianças são as que mais fiscalizam os adultos. Temos um público infantil que nos ajuda. Até a esposa, quando fala com o marido, ele não aceita, mas quando é a criança, ele fica calado e muda a atitude” ressalta.

Para o vereador Alecio Stringari, mototaxistas e motoqueiros em geral fazem manobras radicais nas ruas da cidade, principalmente na parte duplicada da rodovia Transamazônica no centro da cidade, levando perigo para ele, carona e outros condutores. “Estamos muitos anos atrasados em relação à educação do trânsito que se tem em outros centros do país, mas vamos avançar, tenho certeza”, opinou Stringari.

O vereador Pedro Correa concorda com a importância da campanha, mas adverte que o departamento enfrenta grande burocracia para realizar seu trabalho. Segundo ele, para realizar um trabalho simples de sinalização vertical e horizontal precisa da liberação da Secretaria de Segurança Institucional, o que ele considera desnecessário. “Não podemos deixar que o DMTU perca a sua autonomia. Temos de pressionar o gestor, porque possuímos a terceira maior frota de veículos do Estado”.

Pedro Correa sugeriu que o DMTU se transforme em Secretaria. “Há muita burocracia no sistema atual e precisamos desburocratizar”, sintetizou.

A vereadora Vanda Américo acha que a campanha Maio Amarelo deveria ser deslanchada o ano inteiro. Ela avalia que há pouca sinalização na cidade e precisa avançar nesta área. Ela entende que há muitas motos nas cidades e as concessionárias não ajudam em campanhas de educação no trânsito. “Seria mais barato para o município se houvesse um centro de fisioterapia para atender as pessoas sequeladas. Peço que o município conclua logo a passarela porque viramos piada nos municípios vizinhos por essa obra que não termina”.