Campanha Novembro Azul é lançada na Câmara Municipal
A Câmara Municipal de Marabá realizou na manhã desta quarta-feira, 1º de novembro, mais uma sessão especial em alusão ao Novembro Azul. A comemoração faz parte do calendário oficial da Casa e foi instituída através de uma solicitação do ex-vereador Guido Mutran, e agora desenvolvida tendo como organizador Ilker Moraes.
O vereador Alecio Strinagri, presidente da Câmara, disse que a campanha tem o objetivo de conscientizar os homens sobre a necessidade de realizar, periodicamente, os exames preventivos do câncer de próstata e diabetes.
O vereador Ilker Moares presidiu os trabalhos e citou da necessidade da realização dos exames preventivos e que os homens devem procurar a rede de atendimento a fim de cuidar da sua saúde, visto que muitos ainda têm preconceito em relação aos exames, principalmente de toque.
Mônica Borchat Nicolau, secretária de Saúde do município de Marabá, lembrou que quando se fala de Novembro Azul é dizer aos homens o quanto é importante a prevenção. Ela citou alguns dados da rede municipal de saúde. De acordo com ela, em 2022, foram realizados 1.144 testes de PSA e 172 foram positivos e os pacientes foram encaminhados para consultas com urologista e depois para tratamento quando o diagnóstico foi confirmado de câncer.
Ela ainda citou que no ano passado foram realizadas 1.352 consultas com urologistas e esse ano, até o momento 1.470. “Isso significa que os homens estão procurando mais a atenção básica para esse exame”, reconhece.
Por fim, a secretária destacou que Marabá possui 144 pacientes em tratamento, atualmente. “Esse ano realizamos 654 exames de biopsia de próstata para diagnóstico”.
A vereadora Dra. Cristina Mutran lembrou que este é o mês visa a incentivar os homens a buscarem cuidado e atendimento especializado nas unidades de saúde, esclarecer e acabar com os tabus existentes na prevenção do câncer de próstata. “Os homens devem realizar os exames preventivos, o PSA e o toque retal. O câncer de próstata pode ser diagnosticado bem precocemente. A maior barreira que existe para o diagnostico é o preconceito. O número de exames vem aumentando a cada ano que passa. Os problemas de câncer não são só comas mulheres, os homens também devem se cuidar”, advertiu.
João Chamon Neto, secretário Regional de Governo do Sul e Sudeste do Pará expressou que o câncer é uma doença que aterroriza e tem deixado muitas famílias em luto. “Como secretário estamos atentos a todas as ações de saúde e acompanhando os 39 municípios que compõem a área da Secretaria Regional, tudo que for vertente de responsabilidade do governo estadual estamos em alerta”, garantiu.
Chamon disse aos presentes que na área da saúde alguns avanços importantes aconteceram. Ele destacou que o Hospital Regional do Sudeste, em Marabá, está em fase de concluir a ala de oncologia e informou que nos últimos seis meses o Hospital Regional realizou 1.536 exames de PSA, 59 ultrassons de próstata, 27 cirurgias de próstatas e 600 consultas de urologia. “Os pacientes diagnosticados com a enfermidade são regulados para a ala de oncologia do Hospital Regional de Tucuruí. Estamos em vias de inaugura a policlínica na cidade, e lá teremos uma ala para esses exames de urologia”, frisou o secretário.
Durante a sessão, foram realizadas duas palestras. Na primeira, Astor Chaves, médico urologista, falou sobre o câncer de próstata. Ele salientou que este é o segundo tipo de câncer mais incidente na população masculina e o segundo que mais mata também. De acordo com ele, estimam-se ainda, no Brasil, que 71.730 novos casos de câncer de próstata surgirão o triênio 2023-2025, e que os fatores de riscos principais são a idade (acima de 60 anos), histórico familiar e obesidade para tipos histológicos avançados.
A médica endocrinologista. Alana Ferreira de Oliveira falou sobre diabetes. Ela frisou que o diabetes é uma doença crônica causada pela resistência à ação ou não produção de insulina. E informou que o diabetes tipo 2 tem mais prevalência e atinge cerca de 90% a 95% dos casos, e o diabetes tipo, de 5% a 10%.
Por fim, a palestrante ainda disse que 50% das pessoas que possuem o diabetes não sabem que têm a doença e, por isso, o diagnóstico se dá com atraso de 5 a 7 anos, nesses casos.