Caos provocado pela chuva ecoa na Câmara
Durante a primeira sessão ocorrida após a chuva torrencial da madrugada do último sábado para domingo, em que várias áreas do município e diversas famílias foram atingidas, deixando um rastro de destruição e trazendo um grande desespero aos munícipes, muitos vereadores usaram a tribuna para proferir suas argumentações para o caso.
Vanda Américo pediu a palavra antes do Grande Expediente da sessão para pedir permissão aos colegas para se ausentar e levar um documento ao Ministério Público (MP), solicitando a presença do prefeito para que as devidas precauções sejam tomadas, afim de que a “catástrofe” não volte a ocorrer. “A Câmara parece não ter força de trazer o prefeito aqui. Vou ao MP, e se não der vou à Corregedoria em Belém”, advertiu, observando que as chuvas continuarão e a situação se agravará mais ainda.
Vanda ainda disse que o município continua pagando R$ 2.400.000,00 à empresa que recolhe o lixo (Estre). “A Secretaria de Obras vai entrar de recesso e perguntaram se a chuva também entra de recesso?”, questionou a vereadora.
Para a vereadora Irismar Araújo, não há como ficar ao lado do prefeito neste caso do caos com a chuva, e sustentou que a Prefeitura é a principal responsável por retirar a sujeira e limpar os bueiros. “Se não agir, outros problemas vão acontecer”.
A parlamentar lembra também, que várias reclamações foram feitas ao prefeito João Salame sobre o assunto. “Houve alerta, mas parece que os vereadores falam para os ventos. Não posso admitir tamanha incompetência. O enfeite de Natal desta cidade é o lixo. Não podemos ficar inertes a essa situação. Não consigo dormir tranquila vendo a população sofrer dessa forma. Temos de fazer uma ação que realmente comprove que estamos do lado da população. Vamos todos para a Secretaria de Obras ou Prefeitura. Precisamos dar uma resposta para a comunidade. Ir pra televisão dar desculpa, jamais”, criticou Irismar”.
Antônia Albuquerque, a Toinha do PT, também criticou a entrevista do prefeito para justificar os alagamentos que ocorreram na cidade no último domingo. Sugeriu que no Pacto da Governança proposto por Vanda Américo, que se faça o levantamento das pessoas que perderam seus bens para que sejam, de fato, ressarcidas. “As pessoas são tão humildes e desassistidas, que não sabem os meios de reclamar e pedir solução dos problemas às autoridades. É preciso que haja uma solução imediata com várias frentes de serviço. Não são apenas os bueiros, mas a cidade toda que está sendo penalizada com alagamentos”.
Coronel Araújo disse que sua casa também foi inundada. Ele informou que orientou seu vizinho que entrasse na justiça pedindo indenização ao Poder Público municipal.