Comissão de direitos da mulher faz reunião no HMI para diminuir casos de gravidez na adolescência
Na manhã desta sexta-feira, dia 8 de junho, a Comissão de Direitos da Mulher da Câmara Municipal de Marabá manteve reunião com a direção do HMI (Hospital Materno Infantil) e com a diretora da Média e Alta Complexidade da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Dármina Duarte, para discutir algumas demandas daquela casa de saúde. A reunião visa dar continuidade às ações da Semana de Mobilização pela Saúde das Mulheres no Sistema Único de Saúde (SUS).
Também participaram das discussões desta manhã as vereadoras Priscila Veloso, Cristina Mutran e Irismar Melo (presidente da Câmara em exercício), a coordenadora da Coordenadoria da Mulher, Júlia Rosa, e ainda a diretora administrativa do HMI, Alcileia Tartáglia.
Entre as metas desta campanha estabelecidas pelo SUS estão a redução de 17,5% para 15% de gravidez não planejada na adolescência até 2020; ampliar em 20% a oferta de DIU de cobre na atenção básica; aumentar de 37% para 67% a participação dos homens no pré-natal; e incluir as mulheres idosas no planejamento das ações de saúde sexual e climatério.
Priscila Veloso, presidente da Comissão dos Direitos da Mulher, explica que a reunião surgiu em pauta conjunta com a Coordenadoria da Mulher e a Comissão da Mulher para realizar, inicialmente, o diagnóstico das adolescentes que tiveram filhos entre os anos de 2016 a 2018, para planejar ações ampliadas e conseguir frear o alto índice de gravidez não planejada na adolescência.
A vereadora Cristina Mutran ressalta que os vereadores têm se unido em torno desta pauta, observando que o trabalho vai envolver uma série de atores, desde representantes das secretarias de Saúde, Educação, Coordenadoria da Mulher, Conselho Tutelar e a própria Câmara Municipal, por meio da Comissão dos Direitos da Mulher. “Eu e a colega Irismar não fazemos parte desta Comissão, mas como vereadoras mulheres vamos participar ativamente e a intenção é levar a todos a informação sobre o alto índice de gravidez na adolescência. É fundamental envolvermos a educação e ainda o projeto “Saúde vai à escola”.
Júlia Rosa considera que o Ministério da Saúde está trazendo um importante debate sobre um dilema de saúde e social, mas mesmo tempo. Ele afirmou que a Coordenadoria da Mulher vai fazer parte das discussões desta agenda para enfrentar a gravidez na adolescência e outros tipos de problemas que possam causar danos à saúde da mulher na idade fértil. “Precisamos estabelecer um debate franco com a sociedade, envolvendo o Ministério Público, através da Promotoria da Infância e Adolescência, para que possamos diminuir os altos índices dos indicadores atuais. Conforme a proposta do próprio Ministério da Saúde, precisamos discutir também o uso dos contraceptivos e mostrarmos por que o corpo de uma criança de 12 anos, por exemplo, não está preparado para a maternidade”, ressalta Júlia Rosa.
A vereadora Irismar Melo disse que além de discutir a questão da gravidez na adolescência, as vereadoras avaliaram outras questões estruturais relacionadas ao HMI e fizeram encaminhamentos à Secretaria de Saúde. “Além disso, vamos dar continuidade a essa ação e teremos uma reunião na próxima quinta-feira, 14 de junho, às 9 horas, na Câmara Municipal, com todos os atores que nós vamos convidar para formarmos uma rede de enfrentamento à gravidez na adolescência. A Câmara está, na verdade, capitaneado essa ação envolvendo todos esses setores”, explica a presidente em exercício.