Comissão de vereadores vai à Alepa discutir a Hidrelétrica Marabá
Na próxima segunda-feira, 13 de abril, às 9 horas, a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA) estará promovendo uma Sessão Especial para debater a instalação da Usina Hidrelétrica de Marabá. A reunião acontecerá no auditório João Batista, e contará com a participação da cúpula da Eletronorte, incluindo o diretor de Planejamento e Engenharia, Ademar Palocci e o diretor-presidente Tito Cardoso de Oliveira Neto, além do ministro da Pesca, Hélder Barbalho, deputados estaduais, prefeitos e representantes das Câmaras dos municípios a serem atingidos, comunidades indígenas, organismos e entidades sociais e sociedade civil organizada.
A intenção da Comissão em participar do evento, segundo os vereadores, é dirimir as dúvidas que ainda pairam sobre o empreendimento, levando questionamentos fundamentais à Eletronorte, sobre as condições e o cronograma de implantação do projeto, e ainda qual será o tratamento dado às comunidades atingidas. Para os vereadores, o resultado da reunião na Alepa deverá desencadear uma série de debates nas cidades atingidas, e mostrará um caminho a ser seguido pelos municípios afetados. Os vereadores citaram o caso de Marabá, que deverá receber uma Sessão Itinerante da Assembleia legislativa do Estado do Pará, o que já foi solicitado pelo deputado João Chamon Neto.
A Sessão Especial é uma solicitação do deputado João Chamon Neto, e foi aprovada por unanimidade dos deputados. De acordo com João Chamon, a Eletronorte vai a Belém apresentar, de forma oficial, o projeto de construção da Hidrelétrica de Marabá. E as informações serão prestadas pela diretoria da Eletronorte, que fará uma exposição geral da situação do empreendimento, apresentando detalhes e impactos reais do projeto. Segundo ele, será a “voz” oficial do Governo Federal se pronunciando sobre o licenciamento, planejamento e execução da obra.
A hidrelétrica no Rio Tocantins formará um lago de 3.055 km, maior que o lado da hidrelétrica de Tucuruí e inundará 1.115km² de terras e destas mais 110 hectares são terras férteis. A barragem atingirá municípios de três Estados. No Pará os municípios atingidos diretamente são: Marabá, São João do Araguaia, Bom Jesus do Tocantins, Brejo Grande do Araguaia, Nova Ipixuna e Palestina do Pará. No Tocantins as cidades de Anajás, Esperantina e Araguatins. E no Maranhão, São Pedro de Água Branca e Santa Helena. No total serão 10 mil famílias atingidas direta e indiretamente, ou seja, 40 mil pessoas. O custo previsto é de R$ 12 bilhões de reais.