Conjove apresenta na Câmara ações do 6º Feirão do Imposto em Marabá

Campanha deste ano pretende mostrar à população que os tributos recolhidos não têm retornado adequadamente em benefícios para a sociedade.

Na sessão desta terça-feira, dia 17 de maio, a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Marabá concedeu espaço para o Conselho de Jovens Empresários (Conjove) de Marabá fizesse uma apresentação sobre os trabalhos desenvolvidos e ainda discorrer sobre o Feirão do Imposto, projeto desenvolvido há seis anos.

Caetano dos Reis, presidente do Conjove, apresentou aos vereadores a missão do Conjove como entidade ligada à Associação Comercial e Industrial de Marabá (ACIM), reunindo empresários de até 40 anos de idade. O objetivo, segundo ele, é contribuir para a modernidade do município de Marabá, sempre comprometido com o empresariado local.

Reis destacou que entre as ações que o Conjove promove está o Prêmio Jovem Empreendedor do Ano, o qual contribui para motivar os jovens empresários que se destacam no comércio local. Além disso, realiza o Bate Papo Empreendedor, que contribui na formação dos membros do conselho.

O presidente do Conjove explicou que o Feirão do Imposto vai iniciar esta semana no período de 18 a 21 de maio, com a temática: “Bumerangue do imposto, único que vai e não volta”. Criado para informar a população sobre a carga tributária que incide em produtos e serviços no País, a edição deste ano vai priorizar o trabalho de conscientização em relação à ausência de retorno adequado dos tributos que são recolhidos pela sociedade. “Situação visivelmente acarretada pela má gestão dos recursos, assim como pela corrupção sistematizada”, disse Caetano.

O ‘Bumerangue’ é um objeto de arremesso conhecido no mundo todo por retornar ao seu marco inicial. “Foi escolhido porque traduz o esperado ciclo dos tributos, ou seja, sair das mãos do contribuinte para que o estado administre e retorne em forma de serviços básicos essenciais, como saúde, segurança e educação. Como este ciclo de retorno não tem acontecido de forma coerente no Brasil, o Conjove ironiza com essa frase de “o único que vai e não volta”.

Várias empresas locais aderiram ao feirão através de apoio institucional, patrocínio e mantenedores. “Não estamos pedindo para não pagar impostos. Queremos que a carga seja justa, mas principalmente ter o retorno social que esse dinheiro arrecadado poderia gerar”, disse Caetano Reis.

Pizzaria, postos de combustíveis, restaurantes, concessionárias de veículos, redes de comunicação, entre outros segmentos estão comprometidos com o Feirão do Imposto. Caetano mostrou quanto se paga de carga tributária por vários produtos e

O Feirão do Imposto é realizado em Marabá desde 2010 e tornou-se, segundo o presidente do Conjove, o maior evento do gênero no País, se comparado a outros promovidos por conselho de jovens empresários. “O brasileiro trabalha 151 dias por ano apenas para pagar impostos e a corrupção atrapalha o processo. Uma empresa gasta em média 2.600 horas para custear impostos, dez vezes mais que a média mundial. Um em cada quatro brasileiros não sabe que paga impostos”, lamenta Caetano.

Depois da apresentação do presidente do Conjove, os vereadores fizeram interação, elogiando a entidade e apresentando indagações sobre a atuação do Conselho de Jovens Empresários. Pedro Correa informou que há um projeto de sua autoria que instituiu a data de 17 de maio como Dia do Jovem Empreendedor de Marabá, o qual está tramitando na Casa e em breve será aprovado.

Irismar elogiou que os jovens estejam preocupados com a reflexão sobre os impostos e defendeu o Pacto Federativo como saída para que haja maior equilíbrio nas contas públicas e a carga tributária não seja tão alta. “Precisamos cobrar a aplicação dos recursos arrecadados na melhoria do Estado brasileiro”, disse ela.