CPI do transporte vai investigar licitação questionável

por hugokol — publicado 07/11/2013 09h38, última modificação 14/04/2016 09h06
Presidente da Comissão Parlamentar na CMM diz que será imparcial na condução dos trabalhos

O vereador Guido Mutran, presidente da CPI do Transporte, instalada recentemente na Câmara Municipal de Marabá, disse que vai analisar as denúncias que vem recebendo, ouvir muitas pessoas da legislatura passada para entender que mecanismo gerou a licitação, porque essas empresas ganharam e as condições para construção do terminal de integração. “Depois que as empresas ganharam a licitação, houve mudanças para melhor. Não posso ser inconsequente. Vamos a fundo nesse fato e vocês terão relatório imparcial. Se houver qualquer coisa errada, vamos detectar. O promotor Júlio César pediu para participar das reuniões da CPI do Transporte e vamos tê-lo ao nosso lado”, informou.

O vereador Ubirajara Sompré, membros da CPI do Transporte, também se pronunciou sobre os trabalhos e pediu voto de confiança da comunidade para com as investigações que serão realizadas no período de 60 dias. Ele garantiu que os membros da comissão serão democráticos e que analisarão documentos e ouvirão pessoas da sociedade local para poder emitir parecer final.

A vereadora Júlia Rosa lamentou que portadores de deficiência enfrentem dificuldades no transporte público e pediu que a CPI seja democrática e abra espaço para que quem desejar possa acompanhar os trabalhos de investigação. Júlia disse que intermediou reunião com representantes de empresas para que os ônibus parem para receber os cadeirantes e abrir o elevador. Ela lembrou que a Câmara não executa ações, apenas discute e encaminha as demandas. “É preciso que a gente faça nivelamento das calçadas e rampas de acesso aos cadeirantes para que eles possam exercer sua cidadania”.

A presidente da Casa mostrou-se favorável para discutir a eficiência do transporte coletivo e espera que as empresas que ganharam licitação resolvam os problemas existentes no setor. “Mudamos três mil famílias para o complexo São Félix e Morada Nova e não estamos atendendo aquela população com o mesmo número de ônibus que havia antes. Isso não pode. Se vamos construir terminal de integração com parceria público-privado, não importa. É preciso resolver o problema urgentemente”, destacou a presidente do Legislativo.

Júlia lamentou que o táxi-lotação transformou o trânsito da cidade em um inferno. Segundo ela, esses veículos cortam qualquer carro, e os motoristas não têm responsabilidade na condução. “É preciso rever algumas concessões. Se uma pessoa não desempenha o serviço com qualidade e responsabilidade, é preciso rever a vaga concedida a ela”.