Cristina Mutran cobra ações do município e Estado

por claudinho publicado 22/02/2018 08h45, última modificação 22/02/2018 08h45
Implantação de indústria, Distrito Industrial e geração de empregos foram abordados

A vereadora Cristina Mutran usou a tribuna na sessão desta quarta-feira, 21 de fevereiro, e foi contundente em seu discurso. Além de fazer uma avaliação geral do ano de 2017, ela questionou e cobrou que algumas ações sejam tomadas pelo Poder Executivo do Estado e município visando melhorar a assistência e os serviços prestados à população. “O ano 2017 foi de grandes desafios, tanto para o Executivo quanto para o Legislativo. Alguns deles foram vencidos, outros continuam sem solução”, destacou Cristina.
Para a vereadora, o Executivo Municipal tem cumprido o seu papel em diversos aspectos. “Avanços tivemos, mas precisamos avançar muito mais. Marabá esta mais limpa, com menos buracos, com algumas obras realizadas, demonstrando dessa forma o compromisso do Executivo em realizar obras e serviços em beneficio da nossa população. Eu e os vereadores Tiago Koch e Nonato Dourado, que compomos a bancada do MDB nesta Casa, temos dado sustentação à administração do prefeito Tião Miranda para que ele possa fazer as transformações que o nosso município necessita”.
Ela também destacou que o MDB, a nível federal, teve feito sua parte. O ministro Helder Barbalho assinou um convênio com a Prefeitura de Marabá para a construção da orla do Rio Itacaiunas. “Precisamos avançar em todas as áreas para construirmos uma cidade com mais saúde, educação, infraestrutura urbana, com transporte público de qualidade e abrir um leque de oportunidades para que a nossa população tenha mais emprego e mais renda, melhorando assim sua qualidade de vida”.
A vereadora lembrou dos engodos que Marabá foi vitima com falsas promessas, como a da instalação da usina de beneficiamento do cobre com o Salobo que seria a redenção do nosso município. “Infelizmente foi uma grande enganação. E não foi só essa, veio a enganação da ALPA, da CEVITAL, da hidroelétrica de Marabá, da derrocagem do Pedral do Lourenção, da construção do porto e outros mais”.
Para ela, infelizmente quem paga o preço até hoje é a população, pois criou-se expectativas de que viriam investimentos vultuosos, e com isso o povo teria mais oportunidade de emprego. “É inadmissível que Marabá tenha o maior Distrito Industrial do Pará com uma área de 300 hectares, ou seja, 600 alqueires e esteja quase que totalmente desabilitado, com a maioria de suas indústrias fechadas, pela inexistência de uma política de implantação industrial por parte do Governo do Estado, que detém o controle do Distrito Industrial de Marabá. Inexiste uma politica de incentivo fiscal. O preço dos lotes naquela área é exorbitante, impossibilitando a implantação de indústrias importantes para o desenvolvimento de nosso município”.
Em tom de advertência, Cristina Mutran disse aos colegas que o Executivo e o Legislativo precisam se unir em torno da implantação de indústrias de base no distrito Industrial, mesmo sabendo que a administração dele e os atrativos para que empresas venham para cá sejam de maior responsabilidade do Governo do Estado. “Pasmem os senhores: nosso Distrito Industrial perdeu aproximadamente 12.000 empregos diretos e indiretos. Isto quebra qualquer economia. Por conta disso, Marabá tem como seus maiores empregadores o setor público, representado pela Prefeitura Municipal de Marabá, pelo Exercito Brasileiro e por outros órgãos estaduais e federais aqui implantados. O salutar seria que a força do emprego viesse da iniciativa privada, através da indústria do comércio, agronegócios e de outras atividades econômicas. E é para isso que devemos lutar”.
Cristina Mutran disse que fica triste por ver a juventude local com quase nenhuma oportunidade de trabalho. “Este, colegas vereadores, é o nosso maior desafio. Faz-se necessário unirmos forças através do Executivo, do Legislativo, do empresariado, das ONG´S, das associações de classe, para num esforço conjunto darmos uma injeção de esperança ao nosso povo, principalmente à nossa juventude, que está desesperançada e sem nenhuma perspectiva”.