Curso de LIBRAS encerra com “prova final” para participantes da Câmara

por Adriano Ferreira Carvalho Moura publicado 26/08/2022 11h09, última modificação 26/08/2022 11h09

Na manhã desta sexta-feira, dia 26 de agosto, a Escola do Legislativo de Marabá (Elmar) realizou uma aula final do curso de Libras (Língua Brasileira de Sinais), oferecido para um grupo de 51 servidores da Câmara Municipal, sob a tutoria de José Edivaldo Júnior, técnico em tradução e interpretação de Libras e servidor da Casa de Leis.

A aula final foi marcada por diálogo, em Libras, entre vários participantes do curso, que mostraram, na prática, o que aprenderam desde o início, em 3 de junho. “Tivemos aulas todas as sextas-feiras, com uma boa participação dos servidores”, ressalta Gabriela Silva, diretora da Escola do Legislativo, que anunciou a realização de um novo módulo, mais avançado.

Ao logo das aulas, José Edivaldo Júnior ensinou os colegas a utilizar Libras em apresentação pessoal, uso de classificadores, expressões não manuais e explicou sobre a importância de se integrar à comunidade surda.

Professor Diego Fiuza, que trabalha no CAES de Marabá. Elogiou a Câmara por oferecer curso para seus servidores, mas lamenta que ainda há vários órgãos públicos em Marabá que não promovem capacitação para seus servidores para atenderem surdos. “Vocês aprenderam muitas coisas no curso básico, como eu pude verificar, mas precisam praticar para não esquecer e ampliar o conhecimento”, disse Diego.

Júnior agradeceu a todos os participantes e disse que em algumas oficinas que já ministrou, nenhuma teve um quórum tão grande quanto esta. Vocês estão preocupados com essa inclusão e demonstraram o desejo e de fazer parte da comunidade surda. “A Libras é importante aprender porque há surdos em nosso meio”.

A vereadora Cristina Mutran, 1ª secretária da Mesa Diretora da Câmara Municipal, ressaltou a importância do curso oferecido pela Elmar aos servidores da Câmara, o que ajuda no contato e diálogo com pessoas da comunidade marabaense que não falam o Português, mas apenas Libras. “Demoramos 20 anos, após aprovação de lei, para implantar inclusão na Câmara de Marabá. Mas reconhecemos que precisamos ter mais intérpretes de Libras e parabenizo os formandos nesse curso. Há mais de 10 milhões de pessoas surdas no Brasil, o que equivale a 5% da população brasileira. Essa Casa de Leis avança e faz jus ao título de Casa do Povo, por oferecer formação a seus servidores e se tornando mais inclusiva”, elogiou Dra. Cristina.

Ao final, todos os participantes receberam certificado emitido pela Escola do Legislativo de Marabá.