Demissão de diretores volta a ser tema de debate na Câmara
Vanda utilizou boa parte do seu tempo na tribuna na sessão da última terça-feira, 11, para criticar o modo como vêm sendo feitas as demissões de diretores das escolas municipais. Para ela, não está havendo um critério coerente na mudança. “Tem de ter o mínimo de bom senso nas exonerações de diretores. tirar um profissional que dirige uma escola que teve a melhor nota do Ideb, com o discurso de que ela é autoritária, não justifica”, criticou.
Vanda disse ainda que é preciso dar satisfação para a sociedade e analisar o resultado da atuação do servidor à frente da escola. “Se vai ter eleição direta, deixe a comunidade julgar. É preciso ouvir a avaliação dos alunos e do corpo docente da escola”, sugeriu, dizendo que não existe justificativa para se tirar a diretora que obteve o melhor IDEB entre as escolas do município.
Vanda solicitou, também, que seja informado os membros da comissão que analisa os nomes dos diretores.
Pedro Souza, líder do governo na Câmara, disse que a eleição nas escolas é tão problemática que o Brasil vem tentando resolver o problema há muito tempo e a previsão para haver uma melhora significativa é para 2020. Pedro Souza lembrou ainda, que não existe lei que regule a função de gestor escolar no Brasil, por isso o cargo é vinculado ao Executivo, e que existe uma equipe, formada por profissionais competentes da área que vem analisando a atuação dos diretores de escolas.
“O Ideb não é feito só por diretores, temos que respeitar a prerrogativa do prefeito de livre nomeação de diretores”, disse o líder do governo.
Ainda de acordo com Pedro Souza, o Executivo Municipal estabeleceu o dia 24 de outubro para o processo de formatação das eleições diretas nas escolas públicas municipais de Marabá. “O prefeito está outorgando à comunidade a escolha do gestor, o passo maior que a educação pública de Marabá deu é o prazo de realização da eleição para direção das escolas”, informou.