Desconto no contracheque de grevistas repercute na Câmara
A greve do funcionalismo público ocorrida há poucas semanas em Marabá ainda repercute no Poder Legislativo Municipal. Desta vez, alguns vereadores usaram a palavra para reclamar que grande parte dos servidores sofreu descontos em seus contracheques.
Primeiro a se pronunciar sobre o ocorrido, o vereador Coronel Araújo disse que recebeu a informação de servidores sobre descontos efetuados dos vencimentos dos trabalhadores do município. “Nós que acompanhamos e tivemos a visita dos servidores fomos convencidos que era uma greve justa”, disse ele.
Araújo salientou que o Executivo fez um acordo com o Sintepp para não haver desconto na Folha e esse acordo deveria ser estendido aos demais funcionários do município. “Os servidores tiverem a infeliz surpresa de receber o contracheque e ter um desconto pesado. Pedimos para que o prefeito possa rever essa situação, que seja estendida aos demais servidores, para que possam ser contemplados. O valor descontado faz muita falta para eles. É preciso que o mesmo acordo com o Sintepp seja estendido. Essa é uma questão de justiça e isonomia. Os servidores estão preocupados com as contas, mesmo que a greve tenha sido considerada pela justiça como ilegal, nós aqui, achamos justa. A greve teve, inclusive, o apoio da Casa para avançar nas negociações com o Executivo”, reafirmou.
O vereador Ilker Moraes falou sore o tema da greve dos servidores do município. Ele afirmou que existem algumas pautas da greve que devem ser reavaliadas, dando como exemplo as questões dos profissionais de mesma função que trabalham 40 horas e outros 30 horas. “Isso fere um princípio constitucional”.
Moraes avalia que a gestão municipal precisa entender que a educação e a saúde e todos os segmentos precisam funcionar. “A questão dos plantões são um problema em Marabá, por causa dos valores. Municípios como Itupiranga pagam melhor que aqui”.
Ilker ainda reclamou dos contratos firmados com as Organizações Sociais, como os hospitais, que não têm sido efetivados de acordo com o que prevê o acordo. “Fizeram contratos de algumas OS, no HMM e HMI, onde há profissionais que deveriam ser especialistas e não são, como o caso da pediatria, no HMI. O prefeito precisa tomar providência urgente”.
A vereadora Cristina Mutran salientou que houve uma reunião com o secretário de Saúde, e que na ocasião foi apresentado o dilema dos atendimentos realizados por especialistas nos hospitais. De acordo com o que foi repassado pela gestão, as terceirizadas contratam profissionais que não são especializados, por necessidade, pois não encontraram especialistas e colocam clínico geral.