Diocese apresenta Campanha da Fraternidade em Sessão Especial

por André da Silva Figueiredo publicado 17/03/2022 10h50, última modificação 24/03/2022 11h27

Conforme requerimento de autoria do vereador Márcio do São Félix, a Câmara de Marabá realizou, na manhã desta terça-feira, 16 de março, Sessão Especial alusiva à Campanha da Fraternidade 2022.
Celebrada no período quaresmal, a Campanha da Fraternidade (CF) deste ano tem o tema “Fraternidade e Educação” e o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor”.
E foi o próprio vereador Márcio do São Félix quem presidiu a sessão. Ele afirmou que a Campanha da fraternidade é um tema que a Igreja Católica escolhe para trabalhar. “Neste ano, a ênfase é a educação. Precisamos, como cristãos, acompanhar o ensino que é ofertado aos nossos filhos”.
O vereador ainda destacou que, de uma forma geral, é natural que as igrejas ocupem este lugar de fala para que a sociedade absorva as ideias, e nem que seja numa fração mínima, as coloquem em prática. “Sinto falta da nossa educação tradicional, que hoje é visto como ultrapassada. Deixou um legado, uma geração de cidadãos que tem conteúdo para ser passado pela família”.
Ele ainda expressou que é preciso trabalhar família, igreja e escola na sociedade. Para ele, quando não se permite que a igreja trabalhe junto com a escola há um enorme prejuízo. E a sociedade não pode perder esse tema de vista. “Há luta da igreja para atrair os jovens, nas pastorais, num trabalho voluntário, em ação de solidariedade pela criança. Temos de fato ocupar este espaço”.
Bispo diocesano, dom Vital Corbellini falou que este ano o texto-base da Campanha da Fraternidade estrutura-se em três pilares: escutar, discernir e agir.
Ele ainda explicou que o objetivo geral da campanha é convidar a comunidade a promover diálogos a partir da realidade educativa do Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário, buscando um diálogo permanente. “Os pais são os primeiros educadores dos filhos, mas também existem outros contextos de educação na sociedade”.
Dom Vital enfatizou o ato de escutar, sendo uma condição para as relações sociais, para compreensão do que se passa, para o diagnóstico dos caminhos que se deve tomar e, especialmente, escutar é uma condição para falar com sabedoria e ensinar com amor.
Padre Cícero Edvan explanou sobre o discernir. Ele afirmou que à igreja compete também levar ao mundo uma mensagem de salvação. “É preciso escutar a realidade, principalmente nesse período pandêmico e pós-pandêmico. Temos 186.000 escolas, mas por trás desse número há pessoas. A igreja quer abrir um diálogo com a sociedade para melhor tratar esse tema. Jesus foi um educador. O escutar é justamente mergulhar na realidade. Entre o escutar, ver e ser impactado por esta realidade existe um momento, que é o de discernir. Com elementos reflexivos, educativos, mas eficientes, de acordo com a Palavra de Deus”.
Leidiane Souza, coordenadora da Pastoral da Educação, disse aos vereadores e participantes da sessão que este é um período de reflexão para reavaliar o ato de educar. “Precisamos entender que a Campanha da Fraternidade nos traz uma dinâmica muito importante: escutar, discernir e agir. Escutar o grito da terra, dos pobres, da família, da sociedade. Entendemos que todos nos somos corresponsáveis pela educação”, finalizou.