Diocese de Marabá pede apoio da Câmara na Campanha da Fraternidade
A Campanha da Fraternidade (CF) de 2023 foi apresentada na sessão desta quarta-feira, 23 de março, no plenário da Câmara Municipal de Marabá.
De acordo com o bispo diocesano, Dom Vital Corbellini, este ano a Campanha da Fraternidade propõe despertar o espírito de caridade e de compromisso que deve estar presente em todos que querem ser discípulos de Jesus. Com o tema “Fraternidade e fome”, juntamente com o lema “Dai-lhes vós mesmo de comer” (Mt 14,16), incentiva as comunidades a assumir suas responsabilidades ante a situação da fome que persiste no Brasil.
Coberllini explicou que a CF é o modo do brasileiro de celebrar a quaresma e que é preciso vive-la em espírito de conversão pessoal, comunitário e social. “Não existe democracia se existe fome, é uma vergonha. No Brasil, milhões de brasileiros e brasileiras não têm comida”.
A professora Lady Anne de Souza, coordenador da Pastoral da Educação, usou a tribuna e conclamou apoio da Câmara. Ela disse que é urgente a construção de um pacto em favor da vida, para combater a fome por meio de políticas públicas.
Leidinha, como é conhecida a coordenadora, enumerou em uma carta aberta, que é preciso investir em agricultura familiar, estimular os jovens para o mercado de trabalho, garantir alimentação saudável às famílias de baixa renda, implantar o restaurante popular, promover o programa de assistência às pessoas carentes, fortalecer cooperativas no município e parceria com o projeto Santa Dulce dos Pobres. “Pedimos o apoio conjunto desta Casa com a Diocese de Marabá para somarmos forças com estas pautas”.
Ilker Moraes falou que a Campanha da Fraternidade é muito importante e que é preciso elaborar um documento conjunto entre Câmara Municipal e Diocese de Marabá no combate à fome. “Marabá é um dos municípios que mais assentamentos têm no Brasil. O debate da agricultura familiar é urgente”.
Miguelito falou disse já viu gente falar que não existe racismo no Brasil e ouviu político falar que não tem fome no país. “Existe gente desmaiando em filas de fome e ninguém diz nada”, lamentou.