Diretores da Correias Mercúrio visitam a Câmara Municipal de Marabá
Adriano Viola e Alauri Celso da Silva, diretores da Correias Mercúrio, visitaram a Câmara Municipal de Marabá na última quinta-feira, dia 16, e apresentaram o cronograma das obras que estão em andamento e a previsão para o start up da empresa. Nesta fase de construção, a empresa deve gerar 200 empregos diretos e indiretos.
Eles foram recebidos pelos vereadores Leodato da Conceição Marques (vice-presidente), Miguel Gomes Filho, Vanda Américo e Beto Miranda.
Alauri Celso da Silva é diretor jurídico da Correias Mercúrio, enquanto Adriano Viola é gerente de Suprimentos da empresa e responsável pelo projeto de implantação da fábrica em marabá. Alauri revelou que as obras já estão em execução na fase 2 do Distrito Industrial de Marabá, após a linha férrea. “Já obtivemos todas as licenças da Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente), fizemos a supressão vegetal e estamos iniciando a terraplanagem. A nossa ideia é de que até o final deste ano - se a chuva nos ajudar - conseguiremos levantar e cobrir os galpões”, disse Alauri.
Ainda segundo ele, a previsão da empresa é de até meados de 2016 a fábrica começar a funcionar com a fabricação de correias transportadoras de minério em Marabá. “Nossos produtos são correias transportadoras de minério de todo tipo e para todo segmento de mineração e siderurgia. O nosso grande consumidor é a Vale. Esse é o produto carro chefe da nossa linha de produção. Nós estamos instalados na cidade de Jundiaí-SP a 50 km da capital e já estamos lá praticamente há 65 anos”.
Recentemente, foi detectada a necessidade de expansão da empresa, e essa vai ser a primeira unidade fora do estado de São Paulo. Antes, porém, a empresa fez pesquisas em vários lugares. São Luís convidou os diretores da empresa para instalar uma unidade industrial lá. Os técnicos fizeram visita à capital maranhense, mas logo em seguida tiveram a informação sobre o potencial de Marabá e uma equipe também veio a esta cidade e saiu daqui encantada com o que viu, atraindo toda a atenção das Correias Mercúrio. “Em São Luiz, eles queriam proporcionar tudo e muitos incentivos fiscais para que nós fossemos para lá, mas a Mercúrio acabou optando por vir para Marabá. Aqui fizemos contato com o Ítalo Ipojucan, que era secretário de Indústria e Comércio, e também com outras pessoas que nos incentivaram a trazer o empreendimento para Marabá”, conta Alauri.
Segundo Adriano Viola, quando a empresa estiver funcionando, ela vai gerar entre 90 a 100 empregos diretos e a ideia da Correias Mercúrio é utilizar 100% da mão de obra de Marabá. Para isso, está disposta a capacitar moradores daqui para que aprendam a atuar no ramo, antes mesmo de iniciar a linha de produção na planta local. “Não é viável trazer pessoas de fora, pois se trata de uma mão de obra muito específica que não se acha em qualquer lugar. Isso é característica da empresa, de usar mão de obra local. Nós já estamos em contato com o SENAI porque esse curso hoje só existe no SENAI de São Bernardo do Campo-SP e do SENAI de Porto Alegre-RS. O de Marabá ainda não possui, mas eles estão fazendo contato justamente para que esse curso seja trazido para Marabá, o qual tem duração de seis meses”, explica.
Adriano Viola disse, ainda que a correia que será produzida em Marabá vai ser a mais moderna do Brasil atualmente e deverá atender toda a região Norte, Nordeste e Centro Oeste.
Após a explanação dos representantes da Correias Mercúrio, os vereadores fizeram vários questionamentos sobre o processo de implantação, que foram respondidos.
Vanda Américo questionou, por exemplo, como ficou a relação da empresa junto ao governo Estado do Pará e Adriano Viola disse que vem recebendo o apoio necessário, inclusive com um incentivo fiscal igual ao que o Maranhão estava oferecendo. “Mas a opção foi aqui por Marabá, por causa do transporte e da logística”.
Leodato Marques avalia que a empresa só está vindo para Marabá pelo fato de aqui haver muitos projetos que vão desenvolver mais ainda a região e o uso de correias vai aumentar muito, inclusive com portos que serão implantados para escoação de produtos pela hidrovia do Tocantins, que mais cedo ou mais tarde vai ter que sair do papel e funcionar. “Queremos depois fazer uma visita ao local de instalação da fábrica com uma comitiva de vereadores”, disse Leodato.
Questionado pelo vice-presidente da Câmara, Viola explicou que a fonte de energia primária para a produção de correias será a vegetal.