Elmar apresenta projeto “Maria da Penha em Miúdos”

por André da Silva Figueiredo publicado 21/06/2022 16h45, última modificação 22/06/2022 12h02

No dia 14 deste mês de junho, a Elmar (Escola do Legislativo de Marabá) fez a apresentação do projeto Lei Maria da Penha em Miúdos, e uma cartilha da coleção Em Miúdos, do Senado Federal. Com texto de Madu Macedo e ilustrações de Jorge Luís Amorim Junior, a cartilha apresentada em quadrinhos, como forma de facilitar o alcance do tema pelas crianças, já que a letra jurídica e muito difícil de ser entendida até mesmo pelos adultos, com linguagem voltada para crianças e adolescentes.

O conteúdo ajuda a identificar as principais formas de violência praticadas contra a mulher, elenca as conquistas trazidas pela Lei Maria da Penha e revela as formas de combate e denúncia a esse tipo de crime.

Gabriela Silva, diretora da Elmar, explica que em Marabá, o objetivo principal do projeto é discutir e refletir de maneira critica com os estudantes e profissional da educação das redes pública e privadas sobre a prevenção e combate à violência contra a mulher, integrando a comunidade escolar no desenvolvimento de estratégias para enfrentar as diversas formas de violência, notadamente contra a mulher. Além disso, pretende promover a distribuição da obra “Lei Maria da Penha em Miúdos”, divulgar o Plano Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres.

Ela observa que o Plano é uma conquista muito importante, porém desconhecido por boa parte das mulheres. O documento está disponível no site da Câmara Municipal de Marabá.

“Com toda essa luta de combate à violência contra a mulher em 2021, o governo publicou uma lei para incluir conteúdo sobre a prevenção da violência contra a mulher nos currículos da educação básica, e instituiu a Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher”, comemora Gabriela.

A diretora da Elmar antecipa que o início do projeto será nos dias 18 e 19 de agosto próximo, com dois dias de formação, sendo que a Câmara Municipal vai auxiliar no roteiro de formação e materiais didáticos. “Queremos que a 4ª URE e a SEMED selecionem as escolas quer irão participar do projeto piloto. Já as escolas particulares que participaram da reunião e quiserem aderir ao projeto já estarão inclusas automaticamente”, diz Gabriela.

A reunião na Câmara contou com várias lideranças da luta contra a violência à mulher, representante de escolas pública e particulares, Ministério Público do Pará.

A promotora Paula Morais da Gama disse que ficou encantada com o projeto e que pretende contribuir com o que for possível. Ela diz acreditar que a única forma de mudar o problema do machismo no país e no Pará é através da educação.

A também promotora Janicleide Silva Souza, da Promotoria da Infância, disse acreditar sempre no diálogo e no fortalecimento da educação, e através da prevenção da conscientização é possível trabalhar com as crianças. “Quando se falar em violência contra a mulher, não é só da mulher adulta, mas também da adolescente. Aliás, a maioria das vítimas desse tipo de violência no ambiente familiar é de meninas adolescentes. A rede de proteção da mulher tem que caminhar junto à rede de proteção da criança e adolescente”, destaca.

Jair Barata Guimaraes, disse que o trabalho de não violência tem sido feito com muito êxito na cidade de Marabá, viemos aqui para conhecer e prestigiar o projeto e um projeto interessante e estamos aqui para ajudar.

Katiana Nogueira, representante da 4ªURE, destacou que a rede estadual de ensino reafirma sua parceria com a Escola do Legislativo de Marabá, ressaltando que as escolas da jurisdição da 4ª URE já vêm realizando um trabalho de combate à violência contra a mulher.

Julia Rosa, coordenadora municipal de Políticas públicas voltadas para mulheres, lembrou a criação da Associação da Mulher de Marabá, a qual considera a entidade mais antiga voltada à proteção da mulher em Marabá. “Fico feliz em ver essa rede de combate à violência contra a mulher se consolidando. A participação da Escola do Legislativo é gratificante. Considerado fantástica a criação dessa cartilha que vai trabalhar a questão da violência contra a mulher nas escolas do município, e nosso intuito e também ver as escolas particulares nesta luta”.