Em audiência pública, Vivo diz que vai melhorar sinal de telefonia até o final deste ano
A audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira, 12, pela Câmara Municipal de Marabá para discutir os problemas que afligem os usuários da companhia de telefonia móvel Vivo serviu para a empresa esclarecer alguns pontos e, ao mesmo tempo, para o Ministério Público Estadual anotar várias reclamações de usuários e ampliar os pedidos de uma Ação Cível Pública que transcorre na Justiça contra as empresas de telefonia que operam no município.
A audiência foi sugerida pela vereadora Antônia Carvalho, a Toinha do PT, que presidiu a sessão e se disse preocupada com a informação antecipada dos representantes da Vivo para a região, Helber Wanderley Oliveira, gerente regional, e Rômulo Passos, gerente de Engenharia, de que não tinham autorização para assinar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), caso fosse esse o resultado final da audiência.
Logo no início, a promotora Aline Tavares Moreira, que defende os interesses do consumidor, lembrou que em 2010 o MP ingressou com uma Ação Cível Pùblica contra as operadoras Vivo, Tim e a Oi. “Ingressamos com uma ação por danos morais à população. As operadoras devem se adequar e prestar um bom serviço, mas isso nunca aconteceu. Aguardamos neste momento a decisão da juíza 2ª Vara, que deve publicar sentença em breve”, disse.
A vereadora Toinha lembrou que no dia 26 deste mês haverá uma reunião com deputados estaduais que compõem uma CPI da Telefonia Móvel no Pará, a qual tem um caráter mais investigativo. “Aqui, temos problemas de queda de sinal, ligações que não se completam, altas tarifas, e queremos encontrar solução para esses dilemas”, disse Toinha.
Ubiratan Sompré, coordenador do Procon local, informou que a Vivo é a operadora que lidera as reclamações em relação a telefonia móvel em Marabá, com mais de 150 queixas formalizadas nos últimos 12 meses.
O vereador Guido Mutran lembrou aos representantes da Vivo que tem de ser respeitado o direito do consumidor e que o gargalo que existe atualmente é fruto da falta de planejamento da operadora, que não mensurou ou não se importou com crescimento da demanda antes de vender tantos chips. “Temos, atualmente, usuários em excesso e caos no serviço. Se um usuário não paga em dia, a linha é cortada, mas a qualidade do serviço é péssima”, disse Guido.
Mutran disse que a Câmara não vai se calar sobre o assunto e que, em parceria com o MP e Procon, as cobranças vão continuar. “Caso não haja solução, vamos convocação a população para uma outra atitude”, ameaçou.
Por outro lado, a vereadora Irismar Araújo, fortaleceu as reclamações sobre a Vivo ao e disse que usar a telefonia móvel tornou-se essencial e perguntou se será necessário ingressar com outra ação na Justiça por conta de uma fatalidade que acontecer porque a empresa de telefonia foi omissa e responsável pela falta de contato. “O que queremos dos representantes da empresa é que haja uma ação que possa refletir na melhoria da qualidade do serviço o mais rápido possível”, disse Irismar.