Em sessão virtual, vereadores pedem por manutenção do distanciamento social

por André da Silva Figueiredo publicado 05/05/2020 13h27, última modificação 05/05/2020 13h27

A Câmara Municipal de Marabá realizou na manhã desta terça-feira, 5 de maio, a segunda sessão ordinária remota do Legislativo Municipal. A sessão virtual foi o meio que os vereadores encontraram para respeitar as orientações da OMS sobre o distanciamento social e aglomeração de pessoas, mas, ao mesmo tempo, dar continuidade aos trabalhos legislativos e análises de projetos importantes para Marabá.
Na pauta da sessão, 41 matérias foram analisadas e o tema dominante dos discursos voltou a ser o combate ao coronavirus e a situação de Marabá no enfrentamento da pandemia.
O vereador Marcelo Alves falou do crescimento do número de casos e de mortes na cidade. Ele lembrou que alguns meios de comunicação têm noticiado que Marabá pode estar à beira do colapso no sistema de saúde. “As pessoas estão percebendo que realmente aumentou a demanda de quem procura o HMM. Nossos testes ainda não chegaram. A Prefeitura e Governo do Estado precisam fazer uma campanha e a fiscalização do isolamento, que caiu muito. Isso reflete nos casos infectados e nos números de mortes”.
Priscila Veloso reforçou ao secretário de Saúde e cobrou a realização e disponibilização dos testes para a população. “Temos visto a aflição das pessoas em estarem sentindo os sintomas e não conseguirem realizar o teste. Acreditamos que esse número poderia ser maior com o teste rápido para atendimento à população”.
A vereadora ainda lembrou que a OMS dá dois parâmetros a serem seguidos, para melhor enfrentar a covid-19: a testagem em massa da população e o isolamento social. “Pedimos que as pessoas usem as máscaras e façam o isolamento para termos os menores impactos”.
Irismar Melo advertiu que a cobrança da população vem em cima dos vereadores e do prefeito. Ela observou que na reunião entre a Comissão de Saúde da Câmara e o secretário de Saúde de Marabá, Luciano Dias, nesta segunda-feira, ficou com muita preocupação com a questão dos testes rápidos. “O secretário disse que ainda esta semana iria viabilizar a aquisição destes testes, mas não vejo prioridade total nisso, porque ele não vê muita eficácia”.
Miguelito disse que está vendo o empenho dos vereadores para tentar melhorar as questões no combate à pandemia. Para ele, existem modelos de maior sucesso que devem ser observados. “A testagem em massa foi feita na Coreia do Sul e deu certo. A mesma coisa fizeram os EUA, mas demoraram a testar, e a situação foi totalmente diferente. A Nova Zelândia fez lockdown logo no início e o resultado foi positivo. Temos os casos de Portugal e Espanha. O isolamento em Portugal foi maior e feito de forma mais rápida e planejada, e teve melhor resultado”, avaliou Miguelito.
O vereador Gilson Dias voltou a falar sobre a questão do teste rápido, que, para ele, também é importante. Ele disse perceber que está faltando medicamento, como cloroquina e azitromicina nas farmácias públicas e privadas. “As pessoas que testam positivas deveriam receber esse medicamento do poder público”, opinou.
Ray Athie sugeriu que a Prefeitura de Marabá disponibilize dez linhas telefônicas com médicos para atender pessoas que suspeitem que estejam com sintomas de covid-19, diminuindo a ida a hospitais e postos de saúde. “Acho que os médicos também poderiam ir às casas dos pacientes para atendimento, em último caso”, opinou.