Equatorial Energia entra na mira de vereadores

por André da Silva Figueiredo publicado 30/04/2021 08h55, última modificação 30/04/2021 08h55

Um grupo de moradores do Bairro Novo Progresso, residencial situado no Complexo São Félix, procurou alguns vereadores da Câmara para reclamar sobre a falta recorrente de energia elétrica na comunidade. De acordo com eles, reiteradamente, a empresa Equatorial, responsável pelo fornecimento, demora muito para reestabelecer a situação à normalidade, deixando os moradores, às vezes, a noite toda sem energia.
Alecio Stringari denunciou que recebeu a informação do que está acontecendo no residencial, relatando que toda noite falta energia, e a concessionária demora a noite toda e não resolve o dilema. De acordo com ele, às vezes, o fornecimento volta só pela manhã e o povo passa a noite às escuras.
O vereador destacou que quando procurada e questionada pela população local sobre os motivos da falta de energia, a empresa justifica que as ligações irregulares do Residencial Magalhães é que provocam a queda de energia. “Eu e o Miguelito estamos solicitando uma audiência com a Equatorial e os órgãos competentes para que ela preste esclarecimentos sobre essa situação”.
Miguelito frisou que a Associação de Moradores do Novo Progresso esteve com representantes da Equatorial e eles informaram que o problema é o Residencial Magalhães. “Eles pediram que a associação tirasse o pessoal do Magalhães de lá, jogando uma comunidade contra a outra. Se existe algo irregular deve ser feito um processo para solucioná-lo. Marabá sempre teve uma grande área de ocupação e nunca o poder público pôde dar terra e terreno para as pessoas. As famílias vêm ocupando as áreas pelo grande crescimento da cidade.  Essa empresa é uma usurpadora do nosso dinheiro e desenvolvimento e não faz nada por Marabá”, alfinetou.
Vanda Américo disse ser oportuno o tema pela importância e que afeta muito a sociedade. Ela salientou que esta região tem a energia mais cara do País e os governos ainda fazem as redes, linhas de energia e entregam de presente para as empresas explorarem. “Ainda há o problema da medição, muitas vezes desonestas, outras equivocadas. O usuário vai ao Procon e não resolve, entra na justiça e é uma outra dificuldade de a gente sentar numa mesa e mostrar a realidade. Identificamos muitas pessoas no escuro nessa cidade porque não está dando conta de pagar a energia. É um assalto todo mês no bolso do trabalhador”.
Vanda ainda cobrou uma ação mais forte dos representes do povo na esfera federal, como senadores e deputados federais. “O problema da nossa energia é um absurdo. Nós, políticos paraenses, não podemos continuar assim. Os deputados e senadores não discutem essa situação. Não sei o que impede de fazer um levantamento e entrar na Justiça Federal contra a Equatorial. Não podemos aceitar esse discurso da empresa e da Aneel. Enquanto isso, pagamos um valor altíssimo. Quem deve discutir isso são os senadores e deputados federais, essa questão está batendo na porta do nosso povo, que sofre com o fornecimento, qualidade e conta exorbitante de energia”, finalizou.