Gerentes da Vivo dizem que empresa vai instalar 16 torres
Durante a audiência pública desta quarta-feira, 12, na Câmara Municipal de Marabá, Helber Wanderley Oliveira, gerente regional, e Rômulo Passos, gerente de Engenharia da Vivo, falaram pouco e escutaram muitas reclamações das autoridades e líderes comunitários presentes.
Eles chegaram a ser criticados duramente pelo vereador Pedro Souza, líder do governo na Casa, por não terem se programado e levado, pelo menos, uma apresentação em Power point para apresentar sua operação em Marabá e apontar um diagnóstico do setor, mostrando como e quando os problemas atuais serão solucionados.
Segundo o líder do governo, a Vivo não deveria vir para audiência sem nada. “É brincar com nossa inteligência e capacidade. Deveriam fazer a apresentação com dados sobre sua cobertura no município. Espero que na audiência pública com a Alepa, Assembleia Legislativa do Pará, eles venham preparados com dados concretos. Todo mundo consegue recarga de crédito, mas não consegue fazer ligação”, vociferou Pedro Souza.
O vereador Pedro Correa também criticou a falta de uma apresentação mais esmiuçada. “Me sinto lesado duas vezes: uma como usuário e outra como representante do povo marabaense. Fica difícil questionar se não há números apresentados. Para tirarmos encaminhamentos, precisaríamos ter dados”, disse o vereador.
Pedro Correa ainda afirmou que, para comprar e cadastrar o aparelho, o ato pode ser feito diretamente no atendimento da loja física, mas para cancelar não, o usuário tem que ligar pra um call center. “Há muita burocracia. Saio triste e me sinto prejudicado nessa audiência pública”.
Mesmo assim, apenas usando a “garganta”, Helber Wanderley informou que há novos equipamentos a serem instalados em Marabá para melhorar o sistema da Vivo, tanto de voz quanto de dados.
Ele disse que a Vivo tem um projeto que está em execução que prevê o aumento em 60% da capacidade do site para melhorar o sinal de telefonia. Ele acredita que com a ampliação do serviço, haverá melhor qualidade do sinal e a previsão da empresa é instalar 16 novas antenas em vários pontos da cidade - a maioria novos bairros – para se juntar às 21 já existentes e que não estão dando conta da demanda atualmente. “Nós também somos usuários e sofremos com esse problema.
Segundo Helber, parte dos problemas vivenciados pela comunidade de Marabá atualmente está relacionada à necessidade de ampliar a oferta para novos bairros. “Temos um estudo sobre a expectativa de tráfego de dados e até o final do ano esses equipamentos serão instalados”, garantiu.
Internet péssima
Em relação à péssima qualidade do sinal de transmissão de dados através da Internet, Helber explicou que os cabos de fibra óptica da empresa vêm de Belém margeando a PA-150 e quando o governo do Estado começou a ampliar a rodovia, o cabo, que fica a 1,5 metros de profundidade no solo, foi rompido em vários lugares, o que vem ocasionando problemas sérios no sinal de Internet. “Como a obra de melhoria da PA-150 não terminou, até hoje temos problemas, mas certamente vamos resolver esse dilema também”, disse ele, sem especificar data para isso.
A alternativa, explicou, foi retirar alguns pontos que sofreram ruptura e levar o cabeamento por via aérea para que o serviço seja melhorado. Segundo ele, há seis equipes atuando ao longo da rodovia para entregar obra de ampliação da PA-150 e por isso os problemas podem acontecer a qualquer momento.