Gilson Dias é aprovado pela Câmara para a SDU
Mesmo com a indicação do prefeito João Salame Neto e estando no cargo desde o início deste ano, Gilson Cardoso Dias não era oficialmente superintendente de Desenvolvimento Urbano de Marabá. Ele precisava ser inquerido por vereadores no Plenário do Legislativo para ser aprovado para o cargo. E isso só aconteceu na sessão desta terça-feira, 25, após apresentar um relatório parcial de atividades desenvolvidas em cinco meses e ainda responder às perguntas dos vereadores.
Gilson disse que sua responsabilidade é realizar uma política mediadora entre as pessoas e que recebeu a SDU em um momento delicado, com um caixa de R$ 27 mil, mas que agora a superintendência mantém na conta cerca de R$ 1 milhão. “Não foi fácil administrar a superintendência e transformá-la em uma entidade profissional, atendendo a todas as pessoas que lhe procuram”, disse.
Quando assumiu a pasta, havia 141 servidores e a folha de pagamento da superintendência girava em torno de R$ 203 mil. Agora, após um enxugamento determinado pelo prefeito, a folha está em R$ para 163 mil. A arrecadação de janeiro até maio foi de R$ 2.066,772,17.
O vereador Adelmo Azevedo questionou Dias sobre loteamento da área do Bambuzal por parte de uma empresa local, advertindo que a área é de proteção ambiental. O superintendente, por sua vez, disse que esta e outras áreas daquela região, considerada de proteção permanente, estão nas mãos de pessoas que conseguiram documentos de forma questionável e que, por isso, a SDU ingressou com ação na Justiça pedindo o cancelamento da matrícula dos mesmos em cartório. “Se isso não acontecer, vamos ver edificações em áreas de risco e em APPs. Lutar contra quem tem poder aquisitivo não é fácil, e quando o caso já está no cartório, a gente fica dependente da Justiça”, explicou Gilson.
A vereadora Vanda Américo sugeriu que a direção da SDU desenvolva um trabalho permanente de valorização para manter alto o índice de satisfação dos servidores da superintendência, porque eles trabalham muito.
O vereador José Sidinei pediu a Gilson Dias mais celeridade no atendimento às pessoas que procuram a superintendência, revelando que ele mesmo amargou duas horas para ser atendido e acabou deixando o prédio da autarquia sem ter sua situação resolvida.
Por sua vez, o vereador Miguel Gomes Filho explicou que durante sua gestão, trouxe grandes melhorias na infraestrutura da superintendência: melhorando o atendimento a comunidade, efetuando compra de equipamentos e otimizando os serviços de uma forma geral. Sobre a situação do bairro São Miguel da Conquista, questionado por alguns colegas vereadores, ele disse que houve um acordo judicial que precisa ser cumprido.
O vereador Leodato Marques questionou o esquecimento em relação ao Terra Legal, iniciado na gestão de Miguel Gomes. Ele observou que várias vilas precisam ser legalizadas para que os moradores tenham condições de acessar recursos federais. “A União tem algumas áreas ocupadas e consolidadas, mas as pessoas não têm o direito de legalizá-las, como uma área próxima ao aeroporto”, lamentou.
Ronaldo Yara elogiou o trabalho da atual equipe da SDU, mas destacou a importância da gestão de Miguel Gomes Filho, que estruturou a Superintendência em um governo que não tinha credibilidade e regularizou várias áreas do município.
Gilson Dias disse que uma senhora tentou registrar 7 mil metros quadrados na área do bambuzal. Uma área gigantesca matriculada no nome de uma empresa. Está tentando anular a matrícula junto à Justiça. Quando está no cartório, a gente depende da Justiça.
Ao final da sessão, Gilson Dias foi aprovado para ocupar o cargo de superintendente de Desenvolvimento Urbano de Marabá.