Guido endurece discurso contra empresa que recolhe lixo e pede apoio a projeto de Pádua

por claudio — publicado 21/01/2014 10h27, última modificação 14/04/2016 09h07
Segundo vereador, empresa recebe mais de R$ 2 milhões por mês e não executa um serviço satisfatório

Na Sessão Extraordinária desta segunda-feira, 20, na Câmara Municipal de Marabá, o vereador Guido Mutran (PMDB) fez duras críticas à coleta de lixo feita pela empresa Estre (antiga Leão Ambiental) no município. Mutran citou as duas críticas que o secretário municipal de Obras, Antônio de Pádua, fez contra o trabalho da empresa e ainda sugeriu a realização de nova licitação, fatiando o município em quatro lotes.

Guido relembrou o contrato com a Estre migrou do governo de Maurino Magalhães para o de Salame, que seu viu obrigado nos primeiros meses a assinar um aditivo do contrato por mais um ano, encerrando em abril próximo.

“Marabá tem vivenciado um caos na área urbana e rural. A prefeitura deu um prazo de 72 horas para a empresa no dia 7, e não vi melhora nenhuma. A situação está crítica. O Pádua veste a camisa do prefeito, busca melhorias para o município. Quero que o governo dê certo, temos que ter um ano de melhorias em vários setores e o da coleta de resíduos sólidos é um deles”, sustentou Mutran.

O vereador disse que concorda com o secretário Antônio de Pádua e pediu para que o prefeito acate a sugestão apresentada por seu secretário de Obras. “Se dividirmos o bolo em quatro, poderemos saber por que apenas uma empresa não dá conta do recado e efetuar as mudanças necessárias”, ponderou.

Guido mostrou slides com fotos de diversas áreas onde o lixo toma conta das ruas. A cidade como um todo está um lixo só. “A empresa ganha 30% a mais pela coleta e faz esse tipo de trabalho”, alfinetou.

O vereador peemedebista disse que pretende ir nesta terça-feira ao Ministério Público Estadual cobrar o resultado das denúncias que fez no início do governo Salame contra a gestão anterior e lembrou que o contrato com a Leão Ambiental está entre eles. “O único trabalho de educação ambiental que essa empresa realiza é nas escolas. Não vejo propaganda de conscientização para a população”, criticou, pedindo para que a Câmara forme um grupo de trabalho para acompanhar essa situação.

Guido pediu que a Mesa Diretora da CMM convide Pádua para ir à Câmara esmiuçar detalhes sobre o contrato com a Estre na segunda sessão ordinária deste período, na segunda quinzena de fevereiro, o que foi concordado pela presidente Júlia Rosa e demais integrantes da Mesa Diretora.

O vereador Pedro Correa analisa que muitos municípios menores que Marabá, no Pará, têm um serviço de limpeza bem melhor que esta cidade. “No passado, 600 funcionários faziam o serviço, hoje não há 200 trabalhadores e a coleta não é diária. Os bairros periféricos não estão tendo coleta. A cobrança da empresa é de acordo com o peso. A prefeitura paga até por barro, que não é lixo”, denunciou.