Ilker e Vanda lutam para que Defesa Civil volte à Velha Marabá
Durante esse mês de setembro, foi anunciado pelo Governo Municipal que a sede da Defesa Civil, que atualmente está localizada na Marabá Pioneira, passará a ocupar um novo espaço, agora na Folha 23, no Núcleo Nova Marabá. Diante do ocorrido, aconteceu, na manhã da última segunda-feira (22), uma reunião na sala de comissões da Câmara Municipal, onde estiveram presentes o coronel Marcos Victor Norat, diretor da Defesa Civil em Marabá; o também coronel Denner Favacho, titular da Secretaria Municipal de Segurança Institucional; o presidente da Câmara, vereador Ilker Moraes (MDB), além da vereadora Vanda Américo (União Brasil).
Dentre outras atribuições, a Defesa Civil de Marabá é responsável por prestar atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade, e um de seus públicos-alvo são as famílias atingidas pelas cheias dos rios Tocantins e Itacaiunas, moradoras dos diversos bairros da cidade.
Insatisfeito com a proposta de mudança do local de atendimento, Ilker Moraes argumentou a favor da continuidade do órgão na Velha Marabá, pois, segundo ele, a grande maioria das pessoas atingidas pelas cheias dos dois grandes rios que cortam a cidade reside naquele perímetro urbano, e a continuidade da instituição onde está facilitaria a logística de atendimento a essas famílias e o acesso das mesmas aos serviços por elas necessitadas. “Essa mudança de local inviabilizará a vida dessas pessoas. Mesmo diante do que foi exposto aqui, ainda acredito que o correto é a Defesa Civil continuar onde está, tanto para o bem dessas pessoas quanto para a melhora do atendimento que é ofertado por essa instituição tão importante para nossa cidade”, enfatizou.
Moradora da Velha Marabá e conhecedora da realidade vivida anualmente por milhares de famílias que são forçadas a sair de suas casas por conta das cheias daqueles caudalosos rios, a vereadora Vanda Américo reforçou a ideia exposta pelo seu colega de parlamento. “Nós que moramos na Velha Marabá sabemos a vulnerabilidade daquela comunidade, e a saída da Defesa Civil dali dificultará ainda mais a vida daquela gente, que já tem uma realidade difícil, vai piorar ainda mais. A saída para a Folha 23 é algo muito ruim. Estamos aqui para buscar um consenso para essa situação. Na minha concepção, a saída da Defesa Civil é a pior das opções existentes”, advertiu a vereadora.
Enquanto coordenador do órgão de proteção de assistencialismo, Norat justificou a mudança de endereço da instituição. O militar ressaltou que, nos últimos anos, o número de famílias atingidas pelas cheias que residem na Marabá Pioneira tem diminuído, motivando, assim, a realocação do logradouro público. “Toda a decisão foi pautada em uma análise técnica, e o fato de a Velha Marabá não ter a maior quantidade de pessoas atingidas nos últimos anos nos fez tomar essa decisão. Anteriormente, a realidade era essa mesmo, com uma grande quantidade de famílias tendo que sair de suas casas, mas essa realidade mudou. No último ano, das 86 famílias atingidas pelas cheias, apenas 20 eram da Velha Marabá”, justificou.