Imigrantes venezuelanos que vivem em Marabá visitam a Câmara

por André da Silva Figueiredo publicado 17/06/2024 12h23, última modificação 17/06/2024 12h23

A Escola do Legislativo realizou palestra na manhã desta segunda-feira, 17, para um grupo de venezuelanos indígenas Warao, imigrantes que residem em um abrigo da Prefeitura de Marabá. Com o tema “Conhecendo o Brasil”, a intenção foi falar um pouco sobre a legislação nacional e letramento político, abordando a Constituição Federal e o funcionamento dos poderes.

Gabriela Silva, palestrante e coordenadora executiva da Escola do Legislativo de Marabá, lembra que os indígenas Warao já foram alfabetizados na Língua Portuguesa, o que facilita a comunicação e entendimento da legislação brasileira. “Começamos pela Constituição em Miúdos para depois passarmos à Constituição Brasileira”, disse Gabriela Silva, palestrante e diretora da Elmar.

Gabriela ainda destacou que é importante que o grupo se reconheça como indígena, mas, também como imigrantes que residem em Marabá e no Brasil.

Ela também abordou sobre política nacional, o que é, como se faz e quem são os atuais ocupantes de cargos públicos eletivos no País. “Nossa Constituição nos garante que a política permeia tudo. Nós fazemos política todos os dias. Todos nós somos políticos, desde 1988 todos são iguais perante a lei, homens e mulheres têm os mesmos direitos. Diretos a ter saúde, educação, moradia, comida, emprego, tudo isso está na nossa Constituição”, sustenta.

A coordenadora da Elmar lembrou que, no Brasil, atualmente, se vive um momento democrático, que é o regime político que nos garante o direito de escolher nossos representantes. “Democracia é o regime político em que a soberania é exercida pelo povo. No Brasil, o poder político vem do povo, porque ele é quem escolhe os seus representantes. A Democracia no Brasil de fato só existe há 36 anos, estamos aprendendo ainda”, enfatizou.

Gabriela ainda ressaltou que no Brasil a organização do Estado Brasileiro é dividido em três poderes. Legislativo: que rege, cria as leis para os cidadãos; o Judiciário, que julga as leis; e o Executivo, que elabora as leis.

Adrian, representante do grupo de imigrantes, disse que eles têm interesse em aprender sobre o País e o local que residem, que é muito importante por serem imigrantes.

Ele também reconheceu que eles ainda não sabem bem o português e a cultura do brasileiro, por isso é bom sempre aprender para melhorar as relações sociais. “Agradecemos a todos os brasileiros que colaboram com a gente. Queremos aprender para conseguir trabalho e viver de acordo com a cultura local”, sustentou.

Alana da Silva Barros, coordenadora do Acolhimento da Prefeitura de Marabá, salientou que a mesma lei que protege é a que cobra e que todos devem ser cumpridas pelos nascidos no Brasil ou imigrantes. “As leis falam das nossas obrigações e não podemos ver que o que foi ensinando aqui deve ser levado para o cotidiano, porque faz parte da vida de todos os brasileiros, sejam imigrantes ou não. É importante saber das legislações, nossos direitos e deveres”.

Por fim, foi distribuído o livro A Constituição em Miúdos para todos os participantes e ficou agendado que no segundo semestre, um novo encontro será marcado para ampliar o diálogo.