Miguelito cobra o Executivo para fornecimento de canabidiol a crianças carentes

por André da Silva Figueiredo publicado 19/06/2024 09h22, última modificação 19/06/2024 09h22

O vereador Miguel Gomes Filho, o Miguelito, usou a tribuna nesta terça-feira, 18, para reclamar e pedir que o Poder Executivo Municipal promulgue a lei que busca a distribuição gratuita de remédios à base de canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC) pelas unidades de saúde pública e privada da cidade, que sejam conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). Ele disse que foi informado que a gestão municipal não tem interesse neste projeto, o que considera lamentável.

Miguelito lembrou que o referido projeto de lei foi aprovado no Poder Legislativo para que 50 crianças por mês tivessem acesso ao medicamento, mas até hoje não ocorreu a promulgação por parte do prefeito, e isso está deixando crianças carentes e que não têm condições de comprar, sem usar o medicamento. “O canabidiol custa, em um tratamento mensal, R$ 6 mil, e quem tem condição para pagar isso? Classe média ou rico. Estamos sacaneando com a criança pobre porque não tem condições de pagar este valor. A substância alucinógena já foi tirada do medicamento. Há mais de 200 crianças na Apae que usam canabidiol”, exemplificou.

A vereadora Elza Miranda se disse ser uma grande defensora do uso do remédio por quem precisa. Ela salientou que por preconceito as pessoas não entendem o medicamento e a importância do canabidiol para a saúde.

Ela afirmou que são inúmeros sintomas e doenças em que a medicação ajuda no tratamento. “Tem que deixar de ser um preconceito para que haja o consumo da sociedade, mediamente a receita profissional. O canabidiol é um medicamento, sim,”, argumentou ela.

O canabidiol é indicado, em muitos casos, para o tratamento de doenças como Alzheimer, Parkinson, dor crônica e problemas de saúde mental, como estresse, ansiedade e até insônia.