Projeto do Executivo sobre mudança em nomes das folhas é discutido em Sessão
A mudança proposta pelo Poder Executivo de alterar o nome das Folhas e ruas do Bairro Nova Marabá, por frutas e pássaros, respectivamente, tem causado grande debate na sociedade marabaense e nas discussões da Câmara.
Na sessão desta quarta-feira, dia 12 de maio, a vereadora Elza Miranda avaliou que a Câmara faz o correto ao dar oportunidade para os cidadãos opinarem e expressarem seu sentimento sobre o projeto. “Esse núcleo tem história, com mais de 40 anos de existência e o nome não pode ser deletado sem ouvir os moradores”.
A vereadora Vanda Américo opinou que o assunto é importante para toda a cidade. “Para fazer uma mudança dessa requer ouvir a comunidade. Isso é nossa cultura, a história da cidade. O projeto das Folhas foi colocado pra gente e depois de 40 anos mudar sem consultar e ouvir não pode. Não se faz dessa forma. Isso mexe com a história das pessoas. Acho importante o diálogo e exercitar a democracia, para que as pessoas possam participar. Quem mora nos bairros são as pessoas, e elas precisam emitir algum juízo de valor. Não estou convencida da mudança. Não se faz cultura mudando a história, se faz cultura preservando-a”.
Para o vereador Cabo Rodrigo, existe uma divisão de opiniões na cidade. “Há muita gente em dúvida. Esse projeto tem 50% querendo que mude e 50% não. É verdade que na Nova Marabá as empresas de transporte por aplicativo têm dificuldade de deixar o usuário na porta do endereço”, contemporizou.
Raimundinho do Comércio também colocou que está ouvindo posicionamentos contrários e a favor. De acordo com ele, é papel da Câmara ouvir a comunidade, como representante do povo. “A Casa tem de continuar com as lives para ouvir o povo”.
O vereador Frank do Jardim União expressou que a inciativa é boa por abrir a oportunidade de a comunidade falar o que é melhor para ela. Mas, na visão dele, ao invés de focar na mudança de endereço, o Executivo deveria centrar forças na política habitacional, voltada para a regularização fundiária. “Acredito que 70% da área demográfica do nosso município se deu por ocupação. E esses bairros hoje, nem CEP têm. Então, há coisas mais importantes e de urgência para se tratar. O cidadão precisa ter seu título definitivo do imóvel”.