Seaspac explica sobre Programa Família Acolhedora em Marabá

por André da Silva Figueiredo publicado 20/10/2021 08h39, última modificação 20/10/2021 08h39

Servidoras da Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários de Marabá (Seaspac) estiveram na manhã desta terça-feira, 19 de outubro, no Plenário da Câmara Municipal para apresentar o trabalho da pasta referente ao acolhimento de jovens e crianças na cidade de Marabá.
Ana Maria Luz dos Reis, assistente social do Programa de Atendimento de Acolhimento Familiar de Marabá, ressaltou que este é um serviço essencial para atendimento da criança e do adolescente em estado de vulnerabilidade.
Ela destacou o programa Família Acolhedora, que realiza o serviço de acolhimento de crianças e adolescentes que estão afastadas de suas famílias. “O acolhimento familiar é uma proteção de caráter provisório, a família acolhedora recebe a criança provisoriamente, por um período de horas, meses ou até dois anos, e depois retorna a sua família de origem ou é encaminhada para uma família adotiva, desde que tenha condições de cumprir com a proteção e cuidados com a criança”.
A psicóloga Renilde Ribeiro Xavier frisou que o intuito do programa é cadastrar famílias que estejam aptas e disponíveis para receber essas crianças em seu lar. “Quando o Judiciário e Conselho Tutelar entendem que as crianças precisam ser retiradas de seu abrigo familiar, por sofrerem algum problema, elas podem ir para o abrigo provisório ou para o Programa Família Acolhedora”, esclarece Renilde.
Ela explicou que, às vezes, no acolhimento institucional, a criança regride, enquanto no Programa Família Acolhedora o desenvolvimento delas é muito melhor.
Renilde informou aos presentes que para participar do programa de atendimento de Acolhimento Familiar é preciso residir em Marabá pelo menos 2 anos, ter domicilio eleitoral na cidade e idoneidade moral com certidões negativas comprobatórias. “Não cadastramos qualquer pessoa ou família, e o judiciário acompanha isso. Todos da família precisam estar ciente e de acordo com o programa. Atendemos crianças e jovens de 0 até 18 anos incompletos”.
Atenta ao assunto, a vereadora Elza Miranda questionou sobre o trabalho realizado pela Seaspac em relação à quantidade de crianças pedindo dinheiro em semáforos em Marabá.  “Muitas vezes a mãe fica sentada na sombra enquanto o filho pede. Se não damos o que pedem eles proferem palavras de baixo calão. Qual seria medida da pasta para tirar as crianças dali. Essa situação Incomoda bastante pela vulnerabilidade a que estão expostos. Nós que somos mães sabemos o sentimento de uma criança estar pedindo esmola nesses locais”, criticou a vereadora.
Em resposta, a Secretaria de Assistência Social frisou que as crianças mencionadas são venezuelanas e a secretária Nadjalucia Oliveira, juntamente com a equipe do CREAS, desenvolveram um trabalho voltado diretamente para o público. “Com a vinda dessas pessoas para nosso país, outros municípios também sofrem o mesmo dilema. Disponibilizamos a moradia, alimentação e tivemos acesso às normas técnicas para lhe dar com a etnia Warao (venezuelanos que estão em Marabá). A grande questão, além da situação social, é cultural desse povo”.