Sicom apresenta planejamento de sua ações para vereadores
A Câmara Municipal de Marabá recebeu nesta quinta-feira, 18 de maio, a equipe da Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração de Marabá (SICOM), tendo à frente o secretário Ricardo Pugliese. Ele trouxe à Câmara dados importantes e fez uma explanação sobre as ações que a Secretaria pretende implantar durante o ano de 2017 até o fim da atual gestão.
Pugliese deu início a sua apresentação mostrando as oportunidades que estão postas para Marabá, tendo como base inicial de desenvolvimento de novos negócios. Citou como principais indutores de grande quantidade e diversidades de oportunidades de novos empreendimentos a vinda do projeto Cevital e a consequente criação da ZPE (Zona de Processamento e Exportação).
O secretário ainda expôs que é preciso uma forte e permanente atuação junto ao Governo do Estado visando à adequação dos Distritos Industriais para as necessidades que esses novos empreendimentos demandarão.
Ricardo Pugliese falou que também são propostas da SICOM as alternativas de atração de investimentos em outros segmentos, tendo em vista as potencialidades do município e a necessidade de criação de novas vagas de emprego. Para tanto, opina o secretário, é preciso atuar estrategicamente junto às entidades e o empresariado local na potencialização de negócios decorrentes de novos segmentos.
Em seguida, o presidente da Câmara, Pedro Corrêa, cedeu a palavra para que os vereadores presentes pudessem fazer suas considerações. O primeiro a se posicionar foi o vereador Nonato Dourado, o qual questionou sobre a real situação do projeto Cevital, já que houve manifestações e notícias dando conta de que ela poderia não ser mais implantada em Marabá. “Estou há 23 anos em Marabá e já vi muitos projetos serem anunciados e irem embora, como a Alpa”, disse Dourado.
O vereador Ilker Moraes frisou que é preciso somar forças no intuito de promover o avanço econômico e de criação de novas vagas de emprego. Lembrou que Marabá tem um grande potencial para a agricultura familiar e não vê uma política de investimentos voltada para esse segmento. Para ele, é preciso criar mecanismos que ajudem essa produção. “É importante fazer com que o agricultor chegue até o consumidor”.
Gilson Dias disse que Marabá atrai grandes investimentos e empreendedores, citando os atacadões alimentícios. Todavia, questionou também a vinda da Cevital, dizendo que a Vale não tem interesse de passar o produto dela com um preço mais acessível para o mercado interno, preferindo mandar para a China e o exterior pelo preço mais alto.
Por último, Pedro Corrêa disse que esse a Câmara tem adotado essa postura de convidar todos os secretários para fazerem suas considerações e explanarem sobre os planejamentos de cada área de atuação do governo municipal. Pedrinho falou da importância de Marabá estar preparada para receber esses novos empreendimentos. O presidente também disse que em certo ponto chegou a duvidar da instalação da Cevital em Marabá, mas que viu o compromisso do Governo Estadual no assunto e a cedência da Vale em pontos em que ele, particularmente, nunca tinha visto, além do empenho de empresários e políticos de Marabá.
Corrêa disse que foi procurado por um empreendedor que quer construir 800 casas populares, porém encontrou dificuldade no município. O investidor confidenciou ao presidente da Câmara que para ele começar o projeto era necessário o pagamento de algo em torno de R$ 500 a R$ 600 mil, que seria um recurso destinado para o fundo do Plano Diretor. “Temos que rever isso na reforma do Plano Diretor, porque esses entraves afastam investidores e precisamos criar novos empregos na cidade”, disse Pedrinho.
Por fim, o presidente da Casa disse que existe um espaço muito importante, que é o do Distrito Industrial, mas que a administração é estadual, e é preciso lutar para que a administração passe para o município, que conhece e melhora a realidade local. Citou que a empresa Suzano teve dificuldade de conseguir uma área no DIM, e o município não conseguiu superar a questão da logística para ela se instalar em Marabá. “Temos de trazer a administração do Distrito Industrial para cá, não entendo como, ainda, fica sob a batuta do Governo do Estado”.