Vanda critica inchaço na Folha de Pagamento da Prefeitura de Marabá
Durante a sessão ordinária desta terça-feira, 2, a vereadora Vanda Américo (PSD) disse que, depois de receber denúncias de algumas pessoas, tomou uma cópia da Folha de Pagamento da Prefeitura de Marabá para analisar a existência de servidores fantasmas, os quais estariam recebendo salários, mas não desenvolvem nenhum tipo de trabalho.
Vanda citou como exemplo a folha de pagamento do mês de abril deste ano, comparando o Gabinete do prefeito João Salame a uma prefeitura pequena. “Não há espaço na PMM para tanta gente, inclusive muitos deles com portarias, e se alguns estivessem trabalhando, ainda iria, mas muitos estão recebendo dinheiro do erário sem atuar, em detrimento dos que carregam a máquina nas costas e recebem salário minúsculo”, criticou.
Segundo a vereadora, apenas no Gabinete do prefeito há trezes coordenadores de nível 3, treze coordenadores nível 1, oito assessores especiais; doze chefes de divisão e seis chefes de sessão. “Como tantas pessoas estão ganhando dinheiro sem trabalhar?”, questiona.
Na avaliação de Vanda Américo, a folha de pagamento inchada como está, daria para concluir várias obras que estão paradas na cidade. “Não se pode fazer populismo com o dinheiro público. Há uma grande quantidade de pessoas envolvidas - e não vou citar nomes para não criar constrangimento - mas não podemos fazer vista grossa”, adverte.
Através de aparte, o vereador Coronel Araújo, líder do governo na Câmara, disse à vereadora que o Ministério Público pediu recentemente a relação da Folha de Pagamento da Prefeitura e o assento funcional de cada servidor. Ele sugeriu que a Câmara deve fazer isso também para analisar pessoa por pessoa.
A vereadora Irismar Araújo Melo disse que recebeu há duas semanas um email com levantamento feito através do Portal da Transparência, com mais de 80 comissionados lotados no Gabinete do prefeito. “Há muitos cargos fictícios, apenas para pessoas aparecerem em inaugurações de obras”, ironizou.
Ao retornar a palavra para Vanda, ela sustentou que estaria havendo malversação de recursos e revelou que haveria pessoas estudando em cidades como Belém e Araguaína, mas que estaria recebendo salário da Prefeitura de Marabá. “Vou levar ata desta sessão na Câmara para o Ministério Público para atentar que essa denúncia foi feita no Plenário desta Casa. Vou aonde for preciso, mas há de ter gente que vai ajudar a investigar e a acabar com as coisas erradas que existem na Prefeitura de Marabá. Amanhã, quarta-feira, 2, continuo com mais denúncias”, finalizou.