Vereador Alecio alerta sobre atos infracionais de menores nas comunidades rurais

por André da Silva Figueiredo publicado 23/03/2022 14h43, última modificação 23/03/2022 14h43

Um caso ocorrido na Vila Capistrano de Abreu tomou conta dos noticiários local, estadual e nacional, na última semana, quando o corpo de um menino de 5 anos foi encontrado na quinta-feira passada (17), em um lago daquela comunidade. De acordo com a polícia, duas crianças e um adolescente, de 9, 11 e 13 anos de idade, relataram que agrediram o garoto e o jogaram, sem roupa, em uma área alagada.
Inconformado com a situação, o vereador Alecio Stringari, que é morador da vila Capistrano há mais de 20 anos, que infelizmente esse tipo de situação ocorreu no local. “É triste demais quando acontece de uma vida ser ceifada, e quando se trata de criança ainda fica pior. Ficamos mais tristes e não sabemos o que explicar, principalmente, quando outras três crianças tiram a vida de outra. Esse fato chocou a sociedade e quem o acompanhou”. Stringari ainda afirmou que teve o desgosto de ver isso acontecer no local que resido por 21 anos.
O vereador ainda destacou que é precioso que os órgãos competentes deem uma resposta célere à sociedade e que haja um maior acompanhamento às famílias. “O que se pode entender desse caso é que o histórico não é recente. Há alguns meninos na Vila Capistrano de Abreu com antecedente que já chamava a atenção. A escola já alertava sobre eles, dos meninos dando problema na comunidade, com relatórios encaminhados para o Conselho Tutelar em nosso município”.
Alecio também relatou que está tomando providências e encaminhando documentos para as autoridades competentes para que o caso não caia no esquecimento e pediu maior participação do poder público nas vilas e locais afastados da sede do município. “É preciso um acompanhamento mais periódicos nessas vilas. A comunidade rural precisa de mais amparo. Por incrível que pareça a sociedade paga um preço grande em relação a isso”.
Na visão dele, esse caso serve para que as autoridades que atuam na proteção dos direitos da criança acompanhem melhor as famílias que têm problemas e são notificadas pela escola em relação ao comportamento de filhos.
A vereadora Elza Miranda disse que o fato é doloroso para todas as partes e que é preciso saber o que ocorrerá com os que cometeram o ato análogo ao crime. “A nossa lei é falha e frágil. O menor não recebe punição. Quando esses menores completarem maior idade ficam com ficha limpa. Justamente por serem menores, nada vai acontecer com eles, com os algozes, por serem crianças. O fato não deve cair no esquecimento e na impunidade, que dão força para novos eventos como este”.