Vereador Alécio pede investimentos do Salobo para a zona rural
O vereador Alécio Stringari, o Alécio da Palmiteira, está preocupado com o olhar que a Vale tem sobre as comunidades rurais, uma vez que é desta parte do município que ela retira parte de sua riqueza, principalmente em relação ao projeto Salobo, localizado na extremidade entre Marabá e Parauapebas.
Após visita dos vereadores ao Salobo, na última semana, Alécio observou que a zona rural – principalmente a região do Rio Preto - ficou de fora de todo e qualquer benefício advindo de compensações pela exploração do cobre no Projeto Salobo, não tendo se quer sido citada nas condicionantes construí as há alguns anos.
“Analise a situação que vivem as maiores vilas da região do Rio Preto comendo poeira num verão extenso como nós estamos tendo este ano. Sabemos que temos de 4 a 5 meses e convivemos com epidemia de várias doenças respiratória por causa da poeira”, desabafa.
O vereador lembra que 80% da Reserva do Tapirapé fica dentro do município de Marabá e às proximidades da região do Rio Preto, sob a responsabilidade do ICMBIO, um instituto do governo federal ligado ao Ibama. Mas apesar de todo esse cuidado com o meio ambiente, nem o governo federal nem a Vale expressam interesse em cuidar das pessoas que vivem às margens dessa reserva, o que é uma incoerência.
“Precisamos reverter esse cenário, esquecido por ocasião negociações da implantação do projeto Salobo e não há previsão de nenhum investimento para a área rural como forma de compensação. Agora, me parece que a Vale está disposta a sentar para discutir esses problemas que dizem respeito à zona rural de Marabá”, elogia.
Para tanto, está sendo agendada uma reunião entre o executivo da Vale, Paulo Ivan, com os vereadores nos próximos 15 dias para discutir as demandas que a comunidade rural possui e que a mineradora pode contribuir para solucioná-las.
Questionado sobre qual é a área mais carente na região do Rio Preto, o vereador Alécio Stringari ressalta que a pavimentação da estrada é uma das principais demandas, porque por ela passam diariamente cerca de duas mil cabeças de gado, uma vez que a pecuária é a base principal da economia da região. “Pode ser feita uma parceria com o governo federal ou estadual e a mineradora Buritirama para esta finalidade, mas também precisamos de investimentos nas áreas de educação, saúde e social”, explica Alécio.