Vereadores cobram por médicos e melhor atendimento em postos de saúde

por André da Silva Figueiredo publicado 24/11/2021 14h06, última modificação 24/11/2021 14h06

Alguns parlamentares usaram a tribuna da Câmara Municipal de Marabá para cobrar um melhor atendimento e falar sobre a falta de médicos nos postos de saúde no município. Entre eles, o vereador Frank do Jardim União se mostrou revoltado com a forma de atendimento no Posto de saúde Emerson Caselli. De acordo com ele, após realizar uma vista ao espaço, verificou junto aos usuários de que são distribuídas apenas de 20 a 25 fichas de atendimentos para clínico geral por semana e 3 odontológicas.  “O Posto Emerson Caselli está em um local que compreende mais de 50 mil habitantes, abrange o Liberdade, Independência, Jardim União, Bom Planalto, entre outros. É um absurdo um posto oferecer 20 ou 25 fichas de atendimento. É uma falta de respeito com o paciente”.

Pedindo aparte, o vereador Márcio do São Félix frisou que é papel do vereador fiscalizar e esclareceu que a questão de médicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) é uma dificuldade, tanto quanto era no HMI e HMM.
O vereador salientou que depois de uma visita dos vereadores nos hospitais locais e de uma reunião com a gestão do município, o Executivo cedeu, a contra gosto, para contratação de mão de obra terceirizada de médicos para atendimento nos hospitais da cidade, onde as empresas contratadas conseguem fornecer, por questões fiscais, ao profissional de saúde contratado, um valor maior de plantão. “Temos, agora, de avançar nesse mesmo processo nas UBS. Os médicos não querem fazer plantão pelo valor que é pago. Temos de incluir nesse processo as UBS para que convençam os profissionais a prestarem serviço lá. Estamos desassistidos, não tem médico nas Unidades Básicas de Saúde”.

A vereadora Cristina Mutran também opinou sobre o assunto. Para ela, é necessário levar ao prefeito a questão dos problemas nos postos de saúde. Ainda de acordo com a parlamentar, todo médico que se compromete em trabalhar em UBS sabe que a carga horária é de 4 horas e durante esse período é preciso atender quantos pacientes forem preciso. “Isso de distribuir fichas não existe, criaram essa cultura em centro de saúde. Enquanto tiver paciente durante a carga horária do médico devemos atender a população e o médico deve permanecer no centro de saúde. O SUS não é uma bengala. Alguns o usam como se fosse um complemento no salário. Os pacientes que utilizam o SUS devem ser respeitados e devem ter um tratamento humanizado.