Vereadores criticam apreensões de táxi-lotação de São Félix-Morada Nova

por André da Silva Figueiredo publicado 11/05/2021 12h51, última modificação 11/05/2021 12h51

Mais uma vez, o transporte por aplicativo foi tema de debate na Câmara Municipal de Marabá. Desta feita, os discursos ocorreram durante a sessão virtual desta terça-feira, 11 de maio de 2021. Residente em Morada Nova, o vereador Aerton Grande (SD) reclamou da ação do DMTU contra a Cooperativa de Táxi Lotação de São Félix e Morada Nova (Cooptlosamo). De acordo com ele, há muitas reclamações por parte da população por falta de transporte de qualidade naquela região.
O vereador expôs que a empresa não trabalha de forma clandestina e que presta um serviço de qualidade à população, além de empregar quase 40 pais de famílias naquele núcleo. A empresa já trabalha há um ano e meio então não pode ser chamada de clandestina. Se são clandestinos, por que não tomaram providência quando começaram a trabalhar? A empesa se constituiu, paga impostos, gera renda para o município e o DMTU, praticamente, prendendo todo dia 3 carros. E se o cidadão sai pra trabalhar é porque tá precisando. E a multa é de R$ 2.900”, reclamou”.
Por fim, o vereador destacou que no Núcleo São Félix-Morada Nova residem quase 90 mil pessoas que precisam de transporte de qualidade.  
Márcio do São Félix frisou que conhece bem a historia de construção da Cooptlosamo e que há mais de 2 anos eles começaram o movimento de criação. “Com muita luta e dificuldade constituíram a cooperativa, fizeram seus cadastros e adquiriram os veículos, quase que na totalidade carros 0 km. Não entendo por que a perseguição dessa forma que estão conduzindo o processo. Tem que ter fiscalização, é pertinente, mas ela foi uma das primeiras que se enquadraram e participou de todas as reunião do DMTU, e tem seu escritório montado desde de sua fundação e sofre esse tipo de perseguição. Fica meu apoio aos cooperados, e repudio os órgãos fiscalizadores que estão tratando de forma grosseira a situação do transporte por aplicativo”.
Ilker Moraes também se manifestou sobre o assunto. Ele afirmou que seu gabinete já prestou assistência à cooperativa Losamo e que o trabalho gera renda e presta um serviço de qualidade em uma área que não tem transporte coletivo, individual ou taxi lotação suficiente. “Fica meu repudio a essas apreensões absurdas’, alfinetou.
O vereador ainda chamou a atenção para a lei do aplicativo que hoje vigora em Marabá. “Uma lei municipal não pode impedir a livre inciativa do trabalho, e o artigo que obriga que os aplicativos de transporte tenham escritório em Marabá é inconstitucional. Estão atrapalhando o serviço. Nós, vereadores desta Casa, temos de nos unir para que prefeito envie um projeto para a Câmara, para revogar esse inciso”.
O vereador Dato do Ônibus informou a todos que no dia 13 de maio, às 8h30, a Comissão de Desenvolvimento Urbano, Obras, Serviços Público e Transporte realizará reunião com representantes do serviço de transporte por aplicativos, DMTU, transporte alternativo, vereadores, entre outros convidados.