Vereadores debatem concessão de subsídio para empresa de transporte coletivo
Mais uma vez, o transporte público de Marabá esteve em debate no plenário da Câmara. Na sessão desta terça-feira, 26, para tratar sobre o transporte realizado coletivo, que tem recebido reclamações de usuários, seja pela pouca quantidade de ônibus ou falta de terminal de integração.
Cléssio Siqueira, diretor da empresa de transporte Integração, que ganhou a concessão do serviço no município, apresentou os principais problemas que afetam este modal de transporte. De acordo com ele, o trabalho da Câmara e Executivo são inconteste, tanto que autorizaram a concessão de subsídio tarifário para a empresa, que pode chegar a até R$ 200 mil por mês até seis após de inaugurado o Terminal de Integração. Esse valor servirá para ajudar na manutenção e melhoramento do serviço. “Hoje, operamos por concessão. Vamos estruturar o sistema. Essa contribuição é para beneficiar o usuário, e não para a empresa. Quando sairmos, daqui a 15 ou 20 anos, o transporte tem de estar bem estruturado”, aponta.
Silva Neto, agente de trânsito do DMTU e presidente da comissão que fiscaliza o transporte coletivo, explicou que o trabalho de verificação e fiscalização está sendo realizado. “Esse trabalho vem sendo feito. O transporte coletivo é prioridade no município. A empresa tem um contrato assinado com a Prefeitura Municipal. Estamos cobrando para que as duas partes cumpram com as questões contratuais”.
Após a fala de ambos, vários vereadores apresentaram perguntas sobre pontos importantes do transporte público coletivo da cidade.
Marcelo Alves indagou sobre a rota para as universidades, que tem gerado várias reclamações por parte de acadêmicos da Unifesspa, por exemplo.
Já o vereador Ilker Moraes afirmou que o processo licitatório foi muito acelerado e detalhou por que se posicionou contrário à concessão do subsídio. “Todos os problemas, historicamente, vêm se arrastando, tanto no período da empresa anterior quanto da atual, por falta de terminal de integração. Como dar subsídio para uma empresa que não está cumprindo o contrato. Primeira coisa que deve ser feita é rever esse contrato. Não temos a quantidade necessária e prevista de rotas e ônibus novos. Isso é um cheque em branco”, alertou.
Aerton Grande e Pastor Ronisteu perguntaram quantos ônibus estão rodando no dia a dia pelas ruas de Marabá, quantos deveriam ser disponibilizados pelo contrato e o que melhoraria com o subsídio.
Sobre a Rota Universitária, Silva Neto garantiu que ela tem funcionando bem. “Estamos trabalhando uma rota para a UEPA. Até mesmo porque já tem o subsídio da rota comercial. A rota universitária está funcionando 100%”, disse.
Diretor da empresa, Clésio Siqueira pontuou que foi realizado um novo estudo técnico sobre o transporte coletivo em Marabá e que as orientações do Executivo estão sendo cumpridas. “Dentro do novo estudo técnico, o que foi documentado a gente vai fazer”.
Sobre as operações dos ônibus, ele afirmou que, atualmente, a frota conta entre 23 a 26 veículos circulando. “Com o subsídio iremos melhorar de forma imediata. Temos a intenção de aumentar entre 5 ou 6 veículos, circulando entre 28 a 31 carros ao mesmo tempo. “Com o terminal de integração em operação, vamos diminuir muito o custo”.