Vereadores discutem sobre empréstimo para ponte com prefeito Tião Miranda

por André da Silva Figueiredo publicado 13/09/2019 08h33, última modificação 13/09/2019 08h33

Por volta de meio dia desta quinta-feira, dia 12, os vereadores da Câmara Municipal de Marabá receberam o prefeito Tião Miranda na sala de comissões do Poder Legislativo para discutir as condições de empréstimo que o Executivo está solicitando à CMM, no valor de R$ 72 milhões, para construção de uma terceira ponte sobre o Rio Itacaiunas.

Participaram da reunião os vereadores Pedro Corrêa (presidente), Mariozan Quintão, Cabo Rodrigo, Badeco do Gerson, Nonato Dourado, Marcelo Alves, Edinaldo Machado, Irismar Melo, Cristina Mutran, Márcio do São Félix, Morivaldo Marçal e Thiago Koch.

Na abertura, o presidente Pedro Corrêa passou a palavra ao prefeito Tião Miranda, que fez uma explanação geral sobre o empréstimo e a obra de construção da nova ponte. Ele lembrou que a primeira ponte foi construída em 1982, porque a ligação entre a Velha Marabá e Nova Marabá com o Núcleo Cidade Nova era feita apenas por meio de balsa. “Nessa época, a cidade tinha cerca de 20 mil moradores apenas”, recordou.

Em 2007, ressaltou, ele conseguiu verba para a duplicação da ponte existente, com R$ 84 milhões do governo federal, com marginais para a Rodovia Transamazônica, porque havia problema grave de tráfego na cidade.

Agora, com quase 300 mil habitantes, o município já necessita de uma terceira via de acesso entre os núcleos Cidade Nova e Nova Marabá. Contou que mandou realizar um projeto básico com sondagens no Rio Itacaiunas, usando drone para escolher o caminho mais viável para construir essa nova ponte. Ela ficaria entre o quartel da Polícia Militar (Nova Marabá) e uma avenida paralela à 2000 (Cidade Nova).

O prefeito disse que, embora tenha solicitado empréstimo junto à Caixa Econômica Federal, ele poderá ser feito, também, por meio do Banco do Brasil, dependendo de qual proposta seja melhor para o município. “Esta ponte ajudará muito na mobilidade urbana de Marabá, porque a rodovia Transamazônica tem grande fluxo de caminhões e outros veículos que cruzam a cidade”.

Tião Miranda revelou que a obra da ponte não será simples e que 3% do valor deverão ser utilizados para pagar o projeto executivo e antecipou que a obra não sairá neste mandato, porque além desse projeto a ser realizado, com duração de cerca de cinco meses, ainda dependerá das licenças junto aos órgãos ambientais.

O prefeito também explicou que será necessário realizar algumas poucas desapropriações de residências para que a ponte seja construída. Ele preferiu não entrar na polêmica que se criou em redes sociais nos últimos dias em relação à construção de um novo hospital, ressaltando que a manutenção de uma casa de saúde é incomparável em relação à obra de uma ponte.

Explicou, todavia, que apesar de a lei determinar a aplicação mínima de 15% dos recursos próprios do município em saúde, sua gestão tem investido 32%, o que mostra a importância que está dando para essa área.

Tião lembrou que o Hospital Municipal está em constante reforma e que neste momento está em construção um novo prédio para abrigar a lavandeira, abrindo mais espaço para leitos.

Os vereadores fizeram vários questionamentos ao prefeito em relação à obra da ponte e ao empréstimo e todos os 12 presentes reconheceram a importância da obra para preparar a cidade para o futuro.

Tião Miranda disse que o pagamento de todos os empréstimos que a Prefeitura de Marabá realizou anteriormente está em dia e que a Secretaria do Tesouro Nacional deu aval para contrair novo financiamento junto ao Banco do Brasil ou Caixa Econômica, exatamente porque as contas do município estão equilibradas. “Estamos com situação financeira estável. Quando tivermos respaldo legal da Câmara, poderemos realizar essa obra, que vai impactar positivamente a cidade”.

O valor, segundo ele, deverá cair, em relação aos R$ 72 milhões solicitados, quando for feita a licitação, porque haverá concorrência. “Convido vocês, vereadores, para irmos juntos ao gabinete do governador Helder Barbalho com projeto executivo na mão, já pronto, para ele dizer com quanto vai poder entrar. Isso vai diminuir bastante o valor que teremos de tomar emprestado. Também vamos com deputados federais e senadores para que destinem emendas para esse projeto. Fazer essa ponte é inevitável para Marabá”.