Vereadores falam em grande mobilização em prol da hidrovia
O assunto que dominou a Sessão Ordinária desta quarta-feira-feira, 27, na Câmara Municipal de Marabá, foi a emblemática Hidrovia Araguaia Tocantins. O tempero do dia era uma reportagem veiculada pelo Jornal Nacional, na noite anterior, que chamou as eclusas de Tucuruí de “subutilizadas” porque menos de 2% de sua capacidade foram utilizadas até agora.
A reportagem, em si, não trouxe grandes novidades, mas foi importante para pressionar o governo federal a tirar rever seu posicionamento em relação ao processo burocrático que emperra a derrocagem do Pedral do Lourenção, um trecho de 43 km entre Itupiranga e Tucuruí.
A maior novidade foi a resposta dada pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, para o entrave burocrático que se arrasta desde 2011 e que impedem as obras de derrocagem. O governo federal disse que vai preparar uma nova licitação, que deverá ficar pronta em maio deste ano e o início das obras está previsto para agosto, portanto daqui a seis meses.
A reportagem mostrou que a mineradora Vale chegou a interromper a construção da siderúrgica Aços Laminados (Alpa) que iria criar cerca de 17 mil empregos em Marabá.
Os discursos em busca de uma estratégia local de mobilização da sociedade para pressionar o governo federal a iniciar as obras da derrocagem têm marcado as primeiras sessões deste ano na Câmara Municipal.
Ao ler a íntegra da Reportagem do Jornal Nacional, na tribuna da Câmara, a vereadora Irismar Araújo (PR) ressaltou a importância de os vereadores mobilizarem políticos e a sociedade local para pressionar os governos do Estado e federal para atuarem juntos para dar celeridade à abertura da licitação para a derrocagem do pedral.